24 Abr (Reuters) - A Valero Energy VLO.N relatou na quinta-feira um prejuízo no primeiro trimestre em comparação ao lucro do ano anterior, impactado por margens de refino menores e cerca de US$ 1 bilhão em encargos de redução ao valor recuperável relacionados aos seus ativos na Costa Oeste.
S as ações da empresa caíram 1,6% para US$ 112,62 no início do pregão.
Excluindo a perda por redução ao valor recuperável de ativos, a segunda maior refinaria dos EUA em capacidade registrou um lucro ajustado de 89 centavos por ação, superando as expectativas moderadas de 42 centavos por ação, de acordo com dados compilados pela LSEG.
O presidente-executivo Lane Riggs disse que o trimestre foi marcado por manutenção pesada em todo o sistema de refino e um "ambiente de margem desafiador" no segmento de diesel renovável.
As refinarias dos EUA normalmente passam por atividades de recuperação no primeiro trimestre para se preparar para a maior demanda do verão, mas essa manutenção sazonal limita temporariamente a utilização e a receita.
O segmento de diesel renovável da Valero, operado pela joint venture Diamond Green Diesel, registrou um prejuízo operacional de US$ 141 milhões, uma reversão dos US$ 190 milhões em lucro operacional relatados no ano anterior.
O principal negócio de refino também sofreu uma retração, com um prejuízo operacional de US$ 530 milhões, em comparação com US$ 1,7 bilhão em lucro no ano anterior.
A Valero é a primeira grande refinaria a divulgar seus resultados nesta temporada de balanços. Os resultados surgem em um momento em que o setor se prepara para as consequências das atuais tensões comerciais entre EUA e China, que podem reduzir a demanda por produtos refinados, como gasolina, diesel e querosene de aviação, e afetar as margens de refino, que já estão em dificuldades.
As margens de refino dos EUA, medidas pelo crack spread 3-2-1 CL321-1=R, se recuperaram no início de 2025 após atingirem mínimas de vários anos no ano passado, mas continuam a enfrentar pressão de desafios persistentes do mercado.
A Valero disse que suas margens de refino trimestrais caíram 29,5%, para US$ 2,49 bilhões, em relação ao ano anterior.
O prejuízo líquido da empresa atribuível aos acionistas foi de US$ 595 milhões, ou US$ 1,90 por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com o lucro do ano passado de US$ 1,2 bilhão, ou US$ 3,75 por ação.