Investing.com — Os preços do ouro subiram acentuadamente no comércio asiático na quinta-feira, recuperando-se de perdas recentes, já que persistem dúvidas sobre uma desescalada na guerra comercial entre EUA e China, enquanto um novo confronto entre Rússia e Ucrânia também impulsionou a demanda por ativos de refúgio.
O ouro havia caído de máximas recordes esta semana depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, levantou a possibilidade de eventualmente reduzir as elevadas tarifas comerciais sobre a China. Mas a falta de clareza nos comentários de Trump, juntamente com declarações menos otimistas de outros funcionários, fez com que a queda do ouro fosse de curta duração.
Os traders permaneceram cautelosos em relação ao dólar e aos títulos do Tesouro, mantendo o ouro e o iene japonês como as principais fontes de refúgio seguro.
O ouro à vista subiu 1,3% para US$ 3.331,34 a onça, enquanto o ouro futuro com vencimento em junho subiu 1,4% para US$ 3.341,25/oz às 05:37 (horário de Brasília).
O JP Morgan previu que os preços à vista poderiam subir até US$ 4.000/oz no próximo ano.
Os preços à vista permaneceram próximos do recorde de US$ 3.500/oz atingido no início desta semana, já que os traders ainda se mantinham amplamente inclinados para o metal precioso como refúgio.
Essa tendência foi reforçada por uma queda acentuada do dólar nas últimas semanas, em meio à maior incerteza sobre a economia dos EUA e uma amarga guerra comercial entre Washington e Pequim.
Trump disse esta semana que poderia eventualmente reduzir suas elevadas tarifas de 145% sobre a China. Mas ele afirmou que tal movimento estaria condicionado à China vir à mesa de negociações - um cenário pelo qual Pequim tem demonstrado pouco interesse em realizar.
A China retaliou com tarifas de 125% contra os EUA e tem mostrado poucos sinais de recuar.
Comentários de outros membros do governo Trump também minaram o otimismo sobre uma desescalada entre EUA e China. O secretário do Tesouro Scott Bessent alertou que as negociações comerciais com a China poderiam ser difíceis e que os EUA provavelmente precisariam primeiro cortar tarifas antes de se engajar com Pequim.
Os traders permaneceram apreensivos sobre o potencial impacto das tarifas de Trump, mesmo quando um relatório sugeriu que ele poderia oferecer algumas isenções para montadoras. Mas o dólar e os títulos do Tesouro tiveram pouco suporte com isso.
Outros metais preciosos tiveram desempenho misto na quinta-feira, mas acumulavam alguns ganhos contra um dólar mais fraco nas últimas semanas. Os futuros de platina subiram 0,1% para US$ 979,75/oz, enquanto os futuros de prata caíram 0,4% para US$ 33,390/oz.
Entre os metais industriais, os futuros de referência do cobre na Bolsa de Metais de Londres caíram 0,1% para US$ 9.371,35 por tonelada, enquanto os futuros de cobre dos EUA se estabilizaram em US$ 4,8348 por libra.
A demanda por ativos de refúgio também foi impulsionada por sinais de maior atrito nas discussões de cessar-fogo mediadas pelos EUA entre Rússia e Ucrânia, especialmente quando Moscou lançou um ataque mortal com drones e mísseis contra Kiev na quarta-feira.
Isso ocorreu quando Trump criticou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy por sua objeção à ocupação russa da Crimeia em 2014.
O vice-presidente de Trump, JD Vance, alertou que os EUA poderiam sair das discussões de cessar-fogo, enquanto vários funcionários de alto escalão dos EUA desistiram das negociações de cessar-fogo em Londres esta semana.
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