Por Gleb Bryanski
MOSCOU, 21 Abr (Reuters) - O empresário norte-americano James Cameron ofereceu-se para comprar a gigante da mineração Eurasian Resources Group por US$5 bilhões, segundo uma carta que ele enviou à diretoria da empresa, que se prepara para participar de uma grande expansão da produção de terras raras do Cazaquistão.
No entanto, o ERG disse em um comunicado nesta segunda-feira que não houve negociações sobre a venda da empresa.
O ERG, um produtor de cobre, cobalto, alumínio e minério de ferro com sede em Luxemburgo e 40% de propriedade do governo do Cazaquistão, disse no ano passado que havia formado uma força-tarefa para explorar depósitos de terras raras e metais raros no Cazaquistão.
Esses minerais ganharam atenção especial nos últimos meses, já que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, busca alternativas à China para abastecer sua indústria doméstica, à medida que a guerra comercial entre os países se intensifica.
De acordo com uma fonte próxima à empresa, as negociações entre ERG e Cameron estão em andamento desde o final do ano passado. Cameron tem o mesmo nome do diretor de cinema ganhador do Oscar, mas os dois não são parentes.
Mas a declaração da ERG dizia: "Em resposta a várias especulações da mídia nas últimas semanas, incluindo publicações sobre uma proposta do Sr. James Cameron para comprar o Eurasian Resources Group (ERG), o Sr. Shukhrat Ibragimov, presidente do Conselho de Administração do ERG e seu diretor executivo, declarou que não há negociações sobre a venda do ERG. Ele disse que a administração da empresa está totalmente comprometida com o desenvolvimento consistente e sustentável do Grupo"
O governo do Cazaquistão e Cameron, que já foi presidente do conselho da antiga empresa de mineração FTSE 250 Petropavlovsk, não comentaram.
De acordo com a carta de Cameron ao conselho da ERG, cuja cópia foi vista pela Reuters, o Goldman Sachs está em negociações preliminares para assessorar o negócio.
(Reportagem adicional de Mariya Gordeyeva no Cazaquistão)
((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN