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Transportadoras aguardam plano dos EUA de cobrar taxas portuárias de navios ligados à China

Reuters17 de abr de 2025 às 18:14

- O escritório de comércio dos Estados Unidos (USTR) anunciará nesta semana seu plano de cobrança de taxas portuárias sobre navios ligados à China, como parte do esforço do presidente Donald Trump para recuperar a construção naval doméstica e combater o domínio da China em alto mar.

As taxas propostas para navios construídos na China podem chegar a US$1,5 milhão por escala em um porto dos EUA. Poucas embarcações estariam isentas, tornando os preços de exportação pouco atraentes e impondo bilhões de dólares em custos anuais de importação aos consumidores norte-americanos.

Espera-se que o plano final seja anunciado nesta quinta, 17 de abril, no aniversário de um ano do lançamento da investigação do USTR sobre as atividades marítimas da China. Em janeiro, a agência concluiu que a China usa políticas e práticas injustas para dominar o transporte marítimo global.

O Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, disse na semana passada que a agência não aplicaria todos os aspectos de sua proposta original de taxas, que delineava uma série de opções para penalizar a China, incluindo taxas portuárias de milhões de dólares para navios com vínculos com o país.

Jamieson afirmou que o USTR anunciaria as soluções em meados deste mês.

Autoridades da agência em uma reunião no mês passado disseram aos grupos de navegação dos Grandes Lagos que a questão seria encerrada em um ano e um dia a partir do início da investigação do USTR, disse Justin Mann, representante de assuntos governamentais da Câmara de Comércio Marítimo, que participou da reunião.

O USTR não fez comentários imediatos sobre os detalhes de seus planos.

A aparente revisão ocorre após um tsunami de oposição pública e privada do setor marítimo global, incluindo operadores de portos e embarcações nacionais, bem como exportadores e importadores dos EUA de tudo, desde carvão e milho até bananas e concreto.

Os operadores de embarcações norte-americanos e canadenses da região dos Grandes Lagos fazem frequentes escalas nos portos e alertam que as taxas poderiam aumentar em cerca de 200%. Eles se juntaram a outros grupos para pedir isenções.

Portos de pequeno e médio porte, por exemplo, expressaram preocupação com a possibilidade de os navios pararem de atracar caso o USTR aplique a taxa a cada visita a um porto dos EUA. Concentrar escalas em portos maiores sobrecarregaria essas instalações, além de prejudicar portos secundários que receberam bilhões de dólares em investimentos públicos em melhorias de infraestrutura, alertaram executivos portuários.

"A regra, conforme redigida atualmente, particularmente a taxa imposta por escala, pode ter um impacto significativo na cadeia de suprimentos, podendo causar consequências indesejadas que prejudicam os portos norte-americanos e aqueles que dependem da cadeia de suprimentos global", disse Scott Chadwick, CEO do Porto de San Diego, em comunicado à Reuters.

(Reportagem de Lisa Baertlein em Los Angeles, Andrea Shalal em Washington e Jonathan Saul em Londres)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS TR

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