Coreia do Sul vê Trump iniciar negociações tarifárias com Seul, Japão e Índia, diz agência Yonhap

SEUL, 14 Abr - O presidente em exercício da Coreia do Sul, Han Duck-soo, disse esta segunda-feira que o presidente dos EUA, Donald Trump, parece ter determinado que as negociações sobre tarifas comecem imediatamente com a Coreia do Sul, o Japão e a Índia, informou a Agência de Notícias Yonhap.

Han também disse que espera que haja em breve uma videoconferência entre responsáveis dos EUA e da Coreia do Sul sobre o projecto Alaska LNG, disse a Yonhap.

O presidente em exercício explicou em detalhe a posição da Coreia do Sul sobre as negociações tarifárias a Trump e o presidente dos EUA ficou satisfeito, disse Han, citado durante uma reunião da força-tarefa de estratégia de segurança económica.

Ele também prometeu conversar directamente com Trump novamente, se necessário, como parte dos esforços para encontrar um ponto comum na cooperação entre os países sobre gás natural liquefeito (GNL) e construção naval, informou a Yonhap.

Na semana passada, o ministro do Comércio e Indústria da Coreia do Sul disse que uma potencial cooperação com Washington no sector de construção naval era uma "carta muito importante" na negociação de tarifas.

A Coreia do Sul demonstrou interesse no projecto Alaska LNG, que faz parte da tentativa de Trump de aumentar as exportações de gás dos EUA, mas qualquer participação dependeria de discussões com Washington, disse o ministro, observando que o projecto pode ter dificuldades para atingir lucratividade.

Kim Hong-kyun, primeiro vice-ministro das Relações Exteriores de Seul, disse ao seu parlamento esta segunda-feira que o governo Trump ainda não propôs negociações para negociar os custos de defesa relacionados às tropas americanas estacionadas no país.

A Coreia do Sul, no entanto, estava a preparar-se para vários cenários, disse.

Trump disse que falou com Han na semana passada sobre o pagamento da Coreia do Sul pela "grande" proteção militar dos EUA, sinalizando que os custos de defesa poderiam ser parte de um acordo mais amplo, não apenas sobre tarifas e comércio.

Texto original em inglês: nL1N3QS07H