Investing.com — Os preços do ouro recuaram do recorde histórico na segunda-feira, com o apetite por risco melhorando ligeiramente após os EUA sinalizarem algumas isenções nas elevadas tarifas comerciais contra a China, embora o sentimento ainda permaneça amplamente cauteloso.
A fraqueza do dólar e dos preços dos títulos do Tesouro também mantiveram o ouro relativamente sustentado e negociando acima de US$ 3.200 por onça, assim como alguns comentários sobre flexibilização monetária do Federal Reserve.
O ouro à vista caiu 0,3% para US$ 3.225,79/onça, enquanto o ouro futuro com vencimento em junho recuou 0,1% para US$ 3.240,87/onça às 02:12 (horário de Brasília). O ouro à vista permaneceu próximo do recorde histórico de US$ 3.245,69/onça atingido na semana passada.
As perdas no ouro ocorreram em meio a ganhos nos mercados orientados ao risco, com as ações asiáticas majoritariamente em alta na segunda-feira. Os futuros dos índices de ações dos EUA também subiram nas negociações asiáticas.
O apetite por risco melhorou depois que a Casa Branca confirmou no fim de semana que produtos eletrônicos não serão incluídos nas impressionantes tarifas de 145% do presidente Donald Trump contra a China. A medida oferece algum alívio para grandes empresas americanas com forte exposição às importações chinesas, especialmente a Apple Inc (NASDAQ:AAPL).
Mas Trump minimizou essa noção, afirmando que as importações eletrônicas ainda enfrentarão uma taxa de 20%, e que ele estava se preparando para anunciar tarifas de importação separadas para eletrônicos em breve.
Os comentários de Trump mantiveram os investidores apreensivos sobre mais tarifas, especialmente após China e EUA terem se envolvido em uma amarga troca de tarifas na semana passada.
Pequim anunciou tarifas retaliatórias de 125% contra os EUA em resposta à última medida de Trump, e mostrou pouca intenção de recuar. A China também foi vista buscando outros parceiros comerciais para melhorar o comércio bilateral.
Ainda assim, espera-se que uma guerra comercial severa entre as maiores economias do mundo abale as cadeias de suprimentos globais e o crescimento econômico, com os traders prevendo pelo menos 50% de chance de uma recessão nos EUA este ano.
Essa noção impulsionou os preços do ouro nas últimas semanas, enquanto a maioria dos outros metais ficou para trás. Ainda assim, a fraqueza do dólar ofereceu algum alívio aos mercados de metais na segunda-feira.
Os futuros de platina subiram 0,8% para US$ 951,90/onça, enquanto os futuros de prata caíram 0,3% para US$ 31,827/onça.
Entre os metais industriais, o cobre futuro na Bolsa de Metais de Londres estabilizou-se em US$ 9.152,90 por tonelada.
A Goldman Sachs Group Inc (NYSE:GS) elevou no domingo seu preço-alvo do ouro para 2025 para US$ 3.700/onça, de US$ 3.300/onça - seu terceiro aumento deste tipo este ano.
O banco de investimento destacou o aumento da demanda por segurança do metal precioso diante de uma amarga guerra comercial entre EUA e China, e disse que, em um cenário extremo, o ouro poderia disparar para até US$ 4.500/onça até o final de 2025.
A Goldman Sachs também afirmou que o ouro era uma proteção contra os riscos aumentados de uma recessão nos EUA.
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