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Trump planeja imposto separado sobre eletrônicos isentos, diz secretário

Reuters13 de abr de 2025 às 17:54

- O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse neste domingo que smartphones, computadores e alguns outros eletrônicos, que forma isentados de tarifas pesadas sobre as importações da China, terão novas separadas, juntamente com semicondutores, nos próximos dois meses.

Os comentários de Lutnick no programa "This Week", da ABC, sinalizando os próximos impostos sobre produtos de tecnologia cruciais marcam a mais recente reviravolta nos planos tarifários do presidente Donald Trump, que alteraram a ordem comercial global e agitaram os mercados financeiros desde que seu anúncio em 2 de abril, que o republicano chamou de "Dia da Libertação".

Na noite de sexta-feira, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, concedeu isenções de tarifas sobre esses produtos, importados em grande parte da China, proporcionando um grande alívio para empresas de tecnologia como a Apple AAPL.O e a Dell Technologies DELL.N, que dependem de produtos importados.

As idas e vindas de Trump sobre tarifas deram início a uma guerra comercial com a China e provocaram fortes oscilações em Wall Street.

Lutnick afirmou que Trump aplicará "uma tarifa com foco especial" sobre smartphones, computadores e outros produtos eletrônicos em um ou dois meses, juntamente com tarifas setoriais direcionadas a semicondutores e produtos farmacêuticos.

O secretário afirmou que essas novas tarifas não se enquadrariam nas chamadas tarifas recíprocas de Trump, sob as quais as taxas sobre importações chinesas subiram para 125%.

"Ele está dizendo que eles estão isentos das tarifas recíprocas, mas estão incluídos nas tarifas de semicondutores, que provavelmente entrarão em vigor em um ou dois meses", disse Lutnick na entrevista à ABC, prevendo que as taxas levariam a produção desses produtos para os Estados Unidos.

"São coisas que são de segurança nacional, que precisamos que sejam fabricadas na América."

Com seus comentários, Lutnick pareceu ir além do que foi comunicado no sábado, quando um funcionário da Casa Branca disse à mídia que Trump iniciaria em breve uma nova investigação comercial de segurança nacional sobre semicondutores, o que poderia levar a outras novas tarifas.

Pequim aumentou suas próprias tarifas sobre importações dos EUA para 125% na sexta-feira, em oposição às tarifas de Trump. A China afirmou no domingo que estava avaliando o impacto das exclusões para os produtos de tecnologia implementadas na noite de sexta-feira.

"O sino no pescoço de um tigre só pode ser desamarrado pela pessoa que o amarrou", disse o Ministério do Comércio da China.

O investidor bilionário Bill Ackman, que apoiou a candidatura de Trump à presidência, mas criticou as tarifas, pediu no domingo que ele suspendesse as tarifas recíprocas amplas e pesadas sobre a China por três meses, como fez para a maioria dos países na semana passada.

"Se o presidente Trump suspendesse as tarifas sobre a China por 90 dias e as reduzisse temporariamente para 10%, ele alcançaria o mesmo objetivo de fazer com que as empresas americanas transferissem suas cadeias de suprimentos da China sem interrupções e riscos para essas empresas no curto prazo, e ele teria tempo para negociar um acordo com a China", escreveu Ackman na plataforma X.

CAOS

A senadora democrata Elizabeth Warren criticou a última revisão do plano tarifário de Trump, que, segundo economistas, poderia prejudicar o crescimento econômico e alimentar a inflação. "Não há política tarifária — apenas caos e corrupção", disse Warren no programa "This Week", da ABC.

Em um comunicado na noite de sexta-feira, a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA publicou uma lista de códigos tarifários excluídos dos impostos de importação. Ela continha 20 categorias de produtos, incluindo computadores, laptops, unidades de disco, dispositivos semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana.

Para as importações chinesas, a exclusão dos produtos de tecnologia se aplica apenas às tarifas recíprocas de Trump, que atingiram 125% esta semana. As tarifas anteriores de 20% de Trump sobre todas as importações chinesas que, segundo ele, estavam relacionadas à crise do fentanil permanecem em vigor.

Em uma entrevista no programa "Meet the Press", da NBC, o conselheiro para comércio da Casa Branca, Peter Navarro, disse que os EUA fizeram um convite à China para negociar, mas criticaram sua conexão com a cadeia de fornecimento letal de fentanil e não a incluíram em uma lista de sete entidades — Reino Unido, União Europeia, Índia, Japão, Coreia do Sul, Indonésia e Israel — com as quais, segundo ele, o governo estava em negociações.

"Eles estão fazendo fila do lado de fora da porta da Jamieson Greer", disse Navarro, referindo-se ao representante comercial dos EUA.

Greer disse no programa "Face the Nation", da CBS, que ainda não há planos para Trump falar com o presidente chinês Xi Jinping sobre tarifas, acusando a China de criar atrito comercial ao responder com suas próprias taxas.

"A única razão pela qual estamos realmente nessa posição agora é porque a China decidiu retaliar", disse ele.

Ray Dalio, o bilionário fundador do maior hedge fund do mundo, disse ao programa "Meet the Press" da NBC que estava preocupado com a possibilidade de os Estados Unidos entrarem em recessão, ou pior, como resultado das tarifas.

"Neste momento, estamos em um ponto de tomada de decisão e muito perto de uma recessão", disse Dalio neste domingo. "E estou preocupado com algo pior do que uma recessão se isso não for bem administrado."

(Reportagem de Doina Chiacu em Washington e Nathan Layne em Connecticut; reportagem adicional de Bo Erickson e Andrew Goudsward)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS PAL

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