Por Renee Hickman
CHICAGO, 10 Abr (Reuters) - Os futuros da soja em Chicago ampliaram os ganhos nesta quinta-feira, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgar seus números mensais de oferta e demanda, e o adiamento de certas tarifas dos EUA e da União Europeia diminuiu as preocupações sobre as exportações da safra norte-americana.
O milho também se firmou, enquanto o trigo recuou com a divulgação dos dados do USDA.
O contrato de soja mais negociado na bolsa de Chicago (CBOT) Sv1 fechou em alta de 16,25 centavos, a US$10,29 por bushel.
O milho na CBOT Cv1 terminou com alta de 9 centavos de dólar, a US$4,83 por bushel, tendo atingido seu pico desde 27 de fevereiro mais cedo na sessão. Já o trigo Wv1 caiu 4,25 centavos, a US$5,38 por bushel.
O USDA reduziu sua previsão para os estoques de milho de 2024/25 nesta quinta-feira para 1,47 bilhão de bushels, em comparação com os 1,54 bilhão de março. Analistas esperavam 1,51 bilhão, de acordo com pesquisa da Reuters.
"O balanço está ficando mais apertado no milho", disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities. "Está atravessando a resistência de alta."
O USDA estimou os estoques domésticos de soja em 375 milhões de bushels, ante estimativa de março de 380 milhões e expectativa de analistas de 379 milhões, embora Roose tenha afirmado que o número "não é excessivamente otimista".
Ele acrescentou que os estoques de trigo estão em alta, ancorando os futuros da commodity.
A dramática reviravolta observada na quarta-feira, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma pausa de 90 dias para a maioria de suas tarifas recíprocas, também apoiou os grãos e oleaginosas, disse Roose.
(Por Renee Hickman em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris, Peter Hobson em Canberra e Ella Cao)
((Tradução Redação São Paulo))
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