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Petróleo tem nova queda com temores de recessão por conflito comercial entre EUA e China

Reuters7 de abr de 2025 às 11:08

Por Anna Hirtenstein

- Os preços do petróleo registram novas perdas nesta segunda-feira, caindo 3%, conforme a escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China alimenta os temores de uma recessão que reduziria a demanda por petróleo, enquanto a Opep+ prepara um aumento da oferta.

Os valores de referência do Brent e do WTI caíam ao menor nível desde abril de 2021.

Os futuros do Brent LCOc1 perdiam US$1,74, ou 2,65%, para US$63,84 por barril às 7h55 (horário de Brasília), enquanto os do petróleo bruto dos EUA (WTI) CLc1 caíam US$1,64, ou 2,65%, para US$60,35.

O petróleo despencou 7% na sexta-feira, depois que a China elevou as tarifas sobre os produtos dos EUA, escalando uma guerra comercial que levou os investidores a precificar uma probabilidade maior de recessão. Na semana passada, o Brent e o WTI perderam 10,9% e 10,6%, respectivamente.

"A incerteza em relação à política tarifária ainda está muito presente. Vários bancos de Wall Street estão reduzindo as projeções econômicas e apontando probabilidades muito maiores de recessão", disse Harry Tchilinguirian, do Onyx Capital Group. "Isso é realmente o que está impulsionando o sentimento."

Na segunda-feira, o Goldman Sachs projetou uma chance de 45% de recessão nos EUA nos próximos 12 meses e fez revisões para baixo em suas projeções de preços do petróleo. O Citi também cortou sua perspectiva para o Brent e o JPMorgan disse na semana passada que vê uma probabilidade de 60% de recessão nos EUA e no mundo.

No domingo, a Arábia Saudita anunciou cortes acentuados nos preços do petróleo bruto para os compradores asiáticos, fazendo com que o preço em maio caísse ao nível mais baixo em quatro meses.

"É uma demonstração da crença de que as tarifas prejudicarão a demanda por petróleo", disse o analista da PVM Tamas Varga.

Em resposta às tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a China disse na sexta-feira que imporia taxas adicionais de 34% sobre os produtos norte-americanos, confirmando os temores dos investidores de que uma guerra comercial global completa tenha começado.

As importações de petróleo, gás e produtos refinados receberam isenções das novas tarifas de Trump, mas as medidas tarifárias podem estimular a inflação, desacelerar o crescimento econômico e intensificar as disputas comerciais, pesando sobre os preços do petróleo.

Além disse, a Opep+, que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, decidiu adiantar os planos de aumento da produção. O grupo agora pretende devolver 411.000 barris por dia (bpd) ao mercado em maio, acima dos 135.000 bpd planejados anteriormente.

No fim de semana, os ministros da Opep+ enfatizaram a necessidade de cumprimento total das metas de produção de petróleo e pediram que os produtores apresentassem planos até 15 de abril para compensar o excesso de bombeamento.

(Reportagem de Anna Hirtenstein em Londres; Reportagem adicional de Mohi Narayan em Nova Delhi e Yuka Obayashi em Tóquio)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS LF

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