Preço do trigo cai em Chicago por acordos sobre navegação no Mar Negro

Por Renee Hickman

CHICAGO, 25 Mar (Reuters) - Os contratos futuros do trigo em Chicago caíram nesta terça-feira, com os Estados Unidos anunciando que tinham chegado a acordos com a Rússia e a Ucrânia para garantir a segurança da navegação no Mar Negro.

O milho e a soja também caíram, já que o plantio de milho avançou rapidamente no sul dos EUA e uma grande safra de soja era esperada na América do Sul, de acordo com analistas.

O contrato mais ativo do trigo Wv1 recuou 5 centavos, a US$5,4325 o bushel, atingindo seu ponto mais baixo desde 5 de março.

A soja Sv1 encerrou em queda de 5,50 centavos, a US$ 10,0175 o bushel, atingindo seu ponto mais baixo desde 12 de março.

O milho Cv1 caiu 6,75 centavos, para terminar em US$ 4,5775 o bushel.

Os EUA disseram que chegaram a acordos separados com a Ucrânia e a Rússia para a segurança da navegação no Mar Negro, bem como a proibição de ataques dos dois países às instalações de energia um do outro.

Os analistas disseram que a notícia é considerada "baixista" para os futuros do trigo, pois abrirá caminho para um transporte mais seguro das exportações do cereal dos dois países.

A melhora nas previsões climáticas em regiões cruciais para o cultivo também pressionou os futuros do trigo, de acordo com os analistas.

No caso do milho, o plantio está adiantado no sul dos EUA, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics, o que pesou sobre os preços futuros.

O Departamento de Agricultura dos EUA, em um relatório de safra divulgado na segunda-feira, disse que a semeadura do milho estava 65% concluída na Louisiana, enquanto o progresso atingiu 45% no Texas, 14% no Mississippi e 10% no Arkansas.

A soja também caiu com a expectativa de uma grande safra na América do Sul e com os traders monitorando os desdobramentos das negociações de tarifas de importação dos EUA, de acordo com analistas.

Uma ampla gama de tarifas deve entrar em vigor sobre as importações dos parceiros comerciais dos EUA em 2 de abril, incluindo China, México e Canadá, e os investidores estão preocupados com a retaliação contra as exportações agrícolas dos EUA.

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS