Investing.com — O Citi elevou seu preço-alvo para o ouro em três meses para US$ 3.200 por onça, acima da estimativa anterior de US$ 3.000, em nota divulgada na quinta-feira.
O banco destacou a forte demanda dos bancos centrais, a incerteza geopolítica e o aumento dos fluxos de investimento.
"Os preços do ouro subiram 50% no último ano para mais de US$ 3.000/onça, impulsionados pela forte demanda dos bancos centrais (liderada pela China) e pela crescente procura por proteção contra riscos relacionados ao impacto das tarifas no crescimento global e nos mercados de ativos", escreveu o Citi.
O banco continua recomendando compras em qualquer queda significativa, já que "o mercado altista do ouro parece destinado a continuar, com a incerteza tarifária e geopolítica apoiando a demanda do setor oficial de mercados emergentes por ouro."
Embora US$ 3.000 por onça seja um nível psicológico importante que pode desencadear alguma realização de lucros, o Citi acredita que fatores macroeconômicos mais amplos manterão a demanda por investimentos elevada.
Olhando para o futuro, o Citi mantém seu preço-alvo de US$ 3.000 por onça para o ouro nos próximos seis a doze meses, mas vê potencial de alta em um cenário otimista onde a economia dos EUA se deteriora.
"Em nosso cenário otimista (30% de probabilidade), vemos o preço do ouro atingindo US$ 3.500/onça até o final do ano, sustentado por uma demanda muito maior por hedge/investimento devido aos temores de uma recessão severa/estagflação nos EUA", escreveu o banco.
Mesmo em um cenário pessimista, onde a economia dos EUA permanece resiliente, o Citi espera que o ouro se mantenha acima de US$ 2.500-2.600 por onça, apoiado pela contínua compra por bancos centrais e investidores de varejo.
A perspectiva de longo prazo do Citi indica que o ouro permanecerá acima de US$ 3.000 por onça em 2025, com a demanda por investimentos como parcela da oferta de minas esperada para permanecer acima de 90% pelo resto do ano.
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