PETRÓLEO-Preços devem fechar semana estáveis com investidores a avaliarem caminho para cessar-fogo na Ucrânia

LONDRES, 14 Mar (Reuters) - Os preços do petróleo seguiam estáveis, esta sexta-feira, após uma perda de mais de 1% na sessão anterior, com os investidores a ponderarem a diminuição das perspectivas de um fim rápido da guerra na Ucrânia, que pode trazer de volta mais fornecimentos de energia russa aos mercados ocidentais.

Os futuros do petróleo Brent subiam 0,26 dólares, ou 0,37%, para os 70,14 dólares por barril às 1322 TMG, após terem descido 1,5% na sessão anterior. O petróleo West Texas Intermediate CLc1 estava nos 66,80 dólares por barril, a subir 0,25 dólares, ou 0,38%, depois de ter fechado a cair 1,7% na quinta-feira.

Os preços deverão terminar a semana mais ou menos estáveis em relação a sexta-feira passada, quando o Brent se fixou nos 70,36 dólares e o WTI nos 67,04 dólares.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse, na quinta-feira, que Moscovo apoiava, em princípio, uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo na Ucrânia, mas procurou obter uma série de esclarecimentos e condições que pareciam excluir um fim rápido dos combates.

Aumentando a pressão sobre Putin para chegar a um acordo de paz sobre a Ucrânia, o governo Trump disse, na quinta-feira, que uma licença que permite transacções de energia com instituições financeiras russas expirou esta semana.

As empresas estatais chinesas também estão a reduzir as importações de petróleo russo devido aos riscos de sanções, disseram fontes à Reuters.

Esta sexta-feira, China e Rússia apoiaram o Irão após os Estados Unidos terem exigido conversações nucleares com Teerão, com diplomatas chineses e russos a dizerem que o diálogo só deve ser retomado com base no "respeito mútuo" e que todas as sanções devem ser levantadas.

A Agência Internacional da Energia (AIE) advertiu, na quinta-feira, que a oferta mundial de petróleo poderá exceder a procura em cerca de 600.000 barris por dia este ano, devido ao crescimento liderado pelos Estados Unidos e a uma procura mundial mais fraca que o previsto.

As condições macro-económicas instáveis causadas pela escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e outros países levaram a AIE a reduzir as suas estimativas de crescimento da procura para o último trimestre de 2024 e para o primeiro trimestre deste ano.

Texto integral em inglês: nL1N3PX040