12 Mar (Reuters) - Os preços do petróleo prolongaram os ganhos, esta quarta-feira, subindo mais de 1%, apoiados por um dólar mais fraco, mas os ganhos foram limitados pelos receios crescentes de um abrandamento económico dos Estados Unidos e pelo impacto das tarifas no crescimento económico global.
Os futuros do Brent LCOc1 subiam 0,75 dólares, ou 1,08%, para os 70,31 dólares por barril às 1300 TMG, enquanto que os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 ganhavam 0,82 dólares, ou 1,24%, para os 67,07 dólares por barril.
O dólar teve dificuldades em sair de um mínimo de cinco meses contra outras moedas importantes esta quarta-feira, com os investidores a digerir as tarifas recíprocas EUA-UE e um potencial cessar-fogo Rússia-Ucrânia.
O índice do dólar .DXY, que caiu 0,5% para novos mínimos de 2025 na terça-feira, impulsionou os preços do petróleo, tornando o petróleo menos caro para os compradores que detêm outras moedas. USD/
No entanto, os sinais de arrefecimento da inflação ofereceram aos investidores algum alívio, após os preços no consumidor dos Estados Unidos terem aumentado menos que o esperado em Fevereiro.
Mas a melhoria é provavelmente temporária num contexto de tarifas agressivas sobre as importações que deverão aumentar os custos da maioria dos bens nos próximos meses.
Até agora, as políticas económicas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm-se centrado numa série de anúncios de tarifas. Algumas entraram em vigor e outras foram adiadas ou deverão entrar em vigor mais tarde.
Os mercados receiam que as tarifas possam aumentar os preços para as empresas, impulsionar a inflação e minar a confiança dos consumidores, o que pode afectar o crescimento económico.
Também na quarta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo manteve a sua previsão de um crescimento relativamente forte da procura mundial de petróleo em 2025, afirmando que as viagens aéreas e rodoviárias iriam apoiar o consumo.
A OPEP também publicou números que mostram um aumento de 363.000 barris por dia na produção do grupo OPEP+ em Fevereiro, liderado por um salto no Cazaquistão, que está atrasado na sua adesão às quotas de produção da OPEP+.
Do lado da oferta, a produção de crude dos Estados Unidos está pronta para estabelecer um recorde maior este ano que as estimativas anteriores, com uma média de 13,61 milhões de barris por dia, disse a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos na terça-feira.
Nos Estados Unidos, os 'stocks' de crude aumentaram 4,2 milhões de barris na semana que terminou a 7 de Março, enquanto que os inventários de gasolina caíram 4,6 milhões de barris, disseram fontes do mercado, citando dados do Instituto Norte-Americano de Petróleo na terça-feira.
Os mercados aguardam agora os dados do governo sobre os 'stocks' dos Estados Unidos, que deverão ser divulgados na quarta-feira, para mais pistas de negociação.
Texto integral em inglês: nL1N3PV03U