Preços do petróleo caem 2% para menor patamar em 12 semanas, com Opep+ pronta para aumentar produção

Por Scott DiSavino

NOVA YORK, 3 Mar (Reuters) - Os preços do petróleo caíam cerca de 2% nesta segunda-feira, ao menor patamar em 12 semanas, devido a relatos de que a Opep+ prosseguirá com um aumento planejado da produção de petróleo em abril e a preocupações com impacto das tarifas dos EUA sobre o crescimento econômico global e a demanda por petróleo.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, como a Rússia, conhecida como OPEP+, decidiram prosseguir com um aumento planejado da produção de petróleo em abril, disseram três fontes do grupo produtor à Reuters na segunda-feira.

Os futuros do Brent LCOc1 caíam 2,0%, para US$71,33 por barril às 15h35 (horário de Brasília), enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA CLc1 caía 2,45%, para US$68,11.

Isso coloca ambos os índices de referência do petróleo no caminho de seus menores fechamentos desde 6 de dezembro.

O presidente dos EUA, Donald Trump, decidirá na segunda-feira quais níveis de tarifas ele imporá no início da terça-feira ao Canadá e ao México em meio a negociações de última hora sobre segurança na fronteira e esforços para interromper o influxo de opioides fentanil.

Trump prometeu impor tarifas de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México, com 10% sobre os produtos energéticos canadenses.

"As tarifas podem prejudicar o crescimento econômico e a demanda de petróleo, mas também reduzem a oferta de petróleo quando direcionadas aos produtores de petróleo, como o Canadá e o México", disse Tamas Varga, analista da PVM.

As preocupações com o impacto da possível desaceleração do crescimento econômico sobre a demanda de petróleo pressionam os preços do WTI, que caíram cerca de 10% nas últimas seis semanas.

Isso levou os especuladores, na semana passada, a reduzir suas posições líquidas compradas em futuros e opções na Bolsa Mercantil de Nova York e na Bolsa Intercontinental para o nível mais baixo desde a baixa recorde de 30.623 contratos em dezembro de 2023, de acordo com relatório da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA.