PETRÓLEO-Preços do crude caem com confronto comercial entre EUA e China

4 Fev (Reuters) - Os preços do petróleo caíram, esta terça-feira, com as tarifas dos Estados Unidos sobre a China a entrarem em vigor e Pequim a retaliar com as suas próprias medidas, aumentando os receios de uma guerra comercial, enquanto que o Presidente norte-americano, Donald Trump, adiou por um mês a decisão de impor taxas elevadas ao Canadá e ao México.

O petróleo West Texas Intermediate (WTI) CLc1 caía 1,63 dólares, ou 2,23%, para os 71,53 dólares por barril às 1302 TMG, enquanto que os futuros do Brent LCOc1 caíam 1,05 dólares, ou 1,38%, para os 74,91 dólares.

O Ministério das Finanças da China disse que iria impor taxas de 15% sobre o carvão e o GNL dos Estados Unidos, e 10% sobre o crude, equipamento agrícola e um pequeno número de camiões, bem como 'sedans' com grandes motores enviados para a China a partir dos Estados Unidos.

Por outro lado, o Ministério do Comércio e a Administração Aduaneira da China afirmaram estar a impor controlos à exportação de alguns metais essenciais para a electrónica, equipamento militar e painéis solares.

As actuais tensões comerciais entre Estados Unidos e China podem diminuir a procura de petróleo, o que poderá levar a uma pressão contínua sobre os preços.

As importações chinesas de crude dos Estados Unidos em 2024 representaram 1,7% do total das suas importações de crude, segundo os dados aduaneiros.

Antes, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disseram que concordaram em reforçar os esforços de fiscalização da fronteira em resposta ao pedido de Trump para reprimir a imigração e o contrabando de drogas.

Esta medida permitiu a suspensão por 30 dias das tarifas norte-americanas de 25% sobre os dois países, bem como a tarifa de 10% sobre as importações de energia do Canadá, que deveriam entrar em vigor na terça-feira.

O grupo de produtores de petróleo OPEP+ concordou, na segunda-feira, em manter a sua política de aumento gradual da produção de petróleo a partir de Abril.

Do lado da procura, os investidores estarão atentos aos dados dos 'stocks' de petróleo dos Estados Unidos para a semana até 31 de Janeiro. EIA/S Os analistas consultados pela Reuters esperam que os inventários de crude aumentem, enquanto que os inventários de gasolina e destilados provavelmente caiam.

Texto integral em inglês: nL1N3OU1DU