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PETRÓLEO-Preços recuam ligeiramente após impulso de descida de crude EUA e sanções à Rússia

Reuters16 de jan de 2025 às 14:01

- Os preços do petróleo caíram de forma ligeira, esta quinta-feira, um dia após terem atingido máximos de vários meses, devido às mais recentes sanções do Presidente norte-americano, Joe Biden, contra a Rússia e a uma queda maior que a prevista nos 'stocks' de crude dos Estados Unidos.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,68 dólares, ou 0,8%, para os 81,35 dólares por barril às 1300 TMG, após terem subido 2,6% na sessão anterior, atingindo o seu valor mais alto desde 26 de Julho do ano passado.

Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 caíam 0,69 dólares, ou 0,9%, para os 79,35 dólares por barril, após terem ganho 3,3% na quarta-feira, atingindo o seu máximo desde 19 de Julho.

A administração Biden impôs, na quarta-feira, centenas de sanções que têm por alvo a base industrial militar russa e os esquemas de evasão, após ter anteriormente imposto sanções mais amplas aos produtores de petróleo e aos petroleiros russos. Os principais clientes de Moscovo estão agora a procurar barris de substituição em todo o mundo, numa altura em que as tarifas de transporte marítimo também aumentaram.

O aumento do preço do petróleo também pode levar a confrontos entre Trump e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), se o novo presidente seguir o seu manual anterior.

Durante o seu primeiro mandato, Trump exigiu que o grupo de produtores controlasse os preços sempre que o Brent subia para cerca de 80 dólares.

Também a apoiar os preços estão os 'stocks' de crude dos Estados Unidos que caíram na semana passada para o seu mínimo desde Abril de 2022, com o aumento das exportações e a queda das importações, disse a Administração de Informações sobre Energia (EIA) na quarta-feira. EIA/S

A baixa de 2 milhões de barris foi mais que o declínio de 992.000 barris que os analistas esperavam numa pesquisa da Reuters, tendo isto contribuído para uma perspectiva de oferta global mais restrita.

Limitando os ganhos do petróleo, Israel e Hamas chegaram a um acordo para parar os combates em Gaza e trocar reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, segundo um responsável.

Na frente da procura, o petróleo global aumentou em 1,2 milhões de barris por dia nas duas primeiras semanas de 2025 face ao mesmo período do ano anterior, ligeiramente abaixo das expectativas, escreveram os analistas do JPMorgan numa nota.

Os analistas esperam que a procura de petróleo cresça 1,4 milhões de barris por dia, em termos anuais, nas próximas semanas, impulsionada pelo aumento das viagens na Índia, onde está a decorrer um grande festival, bem como pelas viagens para as celebrações do Ano Novo Lunar na China, no final de Janeiro.

Alguns investidores estão também atentos a potenciais cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos em 2025, na sequência de dados sobre um abrandamento da inflação subjacente nos Estados Unidos - o que poderia apoiar as actividades económicas e o consumo de energia.

Texto integral em inglês: nL1N3OC02N

(Por Paul Carsten; Tradução para português por Tiago Brandão, Gdansk Newsroom)

((gdansk.newsroom@thomsonreuters.com ; +48 58 769 66 00))

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