Petróleo sobe com queda em estoques dos EUA e impacto de sanções à Rússia

Por Nicole Jao

15 Jan (Reuters) - Os preços do petróleo subiam cerca de 2% nesta quarta-feira, com uma grande redução nos estoques de petróleo dos EUA e possíveis interrupções no fornecimento devido às novas sanções americanas contra a Rússia, enquanto uma interrupção temporária da guerra em Gaza limitou os ganhos.

Os contratos futuros do petróleo Brent LCOc1 subiam mais de 2%, a 81,78 dólares por barril, por volta das 15h20 (horário de Brasília). O petróleo negociado nos EUA CLc1 subia mais de 3% para quase 80 dólares no mesmo horário.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram para seu nível mais baixo desde 2022, com o aumento das exportações e a queda das importações, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pela Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA). Os de gasolina e os destilados subiram mais do que o esperado durante a semana.

"A queda (no estoque) do petróleo foi em grande parte devido à dinâmica de importação e exportação", disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho. "As exportações são difíceis de acreditar", acrescentou ele, apontando para o fato de que muitas foram reservadas antes do anúncio das sanções.

A última rodada de sanções dos EUA contra o petróleo russo pode interromper significativamente o fornecimento e a distribuição do petróleo russo, disse a Agência Internacional de Energia em seu relatório mensal sobre o mercado de petróleo na quarta-feira.

Uma nova rodada de sanções parece estar apoiando os preços, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank. "Os petroleiros que transportam petróleo bruto russo parecem estar tendo dificuldades para descarregar suas cargas em todo o mundo, o que pode levar a um aperto de curto prazo", acrescentou.

Limitando os ganhos, Israel e o Hamas concordaram com um acordo para interromper os combates em Gaza e trocar reféns israelenses por prisioneiros palestinos, abrindo caminho para um possível fim de uma guerra de 15 meses que abalou o Oriente Médio.

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS