PETRÓLEO-Preços a caminho de ganhos semanais com mercado atento a apoio de política chinesa

LONDRES, 3 Jan (Reuters) - Os preços do petróleo caíram de forma ligeira, esta sexta-feira, mas mantiveram-se a caminho de ganhos semanais, após fecharem no seu máximo em mais de dois meses na sessão anterior, sustentados por potenciais estímulos económicos adicionais na China e taxas de juro mais baixas nos Estados Unidos.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,34 dólares para os 75,59 dólares por barril às 1058 TMG, após se terem estabelecido, na quinta-feira, no nível mais alto desde 25 de Outubro. O petróleo West Texas Intermediate CLc1 caiu 0,35 dólares para os 72,78 dólares, com o fecho de quinta-feira no seu máximo desde 14 de Outubro.

O Brent estava a caminho de um ganho semanal de 1,9%, enquanto o WTI estava a caminho de uma subida de 3%.

Os sinais de fragilidade da economia chinesa aumentaram as expectativas de medidas de política para impulsionar o crescimento do principal importador de petróleo do mundo.

A China anunciou um par de novas medidas para impulsionar o crescimento da sua frágil economia esta semana, com um movimento surpreendente para aumentar os salários dos trabalhadores do governo e o anúncio de um acentuado aumento no financiamento de títulos ultra-longos do tesouro. O financiamento adicional deve ser usado para estimular o investimento das empresas e as iniciativas de apoio ao consumidor.

Os investidores também estão atentos a novos cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal este ano para apoiar a economia norte-americana.

Taxas mais baixas podem impulsionar o crescimento económico e a procura de petróleo, com custos de empréstimos mais baixos também a ajudar a impulsionar o consumo.

É provável que o petróleo tenha obtido algum apoio de preços com o tempo mais frio previsto em algumas regiões.

Os 'stocks' de crude dos Estados Unidos caíram menos que o esperado na semana passada, ao cairem 1,2 milhões de barris para os 415,6 milhões de barris. Os analistas esperavam uma redução de 2,8 milhões de barris.

Entretanto, os inventários de gasolina e destilados dos Estados Unidos subiram com o aumento da produção das refinarias, embora a procura de combustível tenha atingido um mínimo de dois anos.

Texto integral em inglês: nL1N3NZ02J

(Por Enes Tunagur; Tradução para português por Tiago Brandão, Gdansk Newsroom)

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