SÃO PAULO, 8 Mai (Reuters) - Veja como fecharam nesta quinta-feira os mercados no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, além das movimentações nas cotações do petróleo e das commodities agrícolas.
BOVESPA-Ibovespa fecha em alta com exterior e Bradesco, mas reduz fôlego após nova máxima intradia
O Ibovespa fechou em forte alta nesta quinta-feira, renovando máxima histórica intradia no melhor momento, embalado pelo viés externo positivo, enquanto Bradesco BBDC4. disparou com resultado acima do esperado no primeiro trimestre e expectativas de performance no topo das previsões em 2025.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa .BVSP avançou 2,12%, a 136.231,90 pontos, tendo chegado a 137.634,57 no melhor momento, marcando um novo recorde intradia, e a 133.457,68 na mínima do pregão. O volume financeiro somou R$34,7 bilhões.
CÂMBIO-Dólar tem queda forte após Copom e com perspectiva de acordos dos EUA
O dólar interrompeu sequência de três altas consecutivas e fechou a quinta-feira pós-Copom em baixa superior a 1%, reagindo a fatores como o avanço das taxas dos DIs de prazos curtos, à perspectiva de acordo comercial entre EUA e alguns de seus principais parceiros e ao fluxo de recursos estrangeiros para a bolsa brasileira.
A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 1,44%, aos R$5,6620. No ano, a divisa acumula baixa de 8,37%.
JURO-Taxas dos DIs para 2028 e 2029 cedem em dia de ajustes técnicos pós-Copom
A curva de juros brasileira passou por ajustes técnicos importantes nesta quinta-feira pós-reunião do Copom, que levaram as taxas dos DIs para janeiro de 2028 e janeiro de 2029 a apresentarem quedas firmes, em meio à leitura de que aumentaram as chances de o Banco Central, em um momento posterior ao fim do atual ciclo de alta, iniciar o processo de cortes da taxa básica Selic.
Entre os contratos de curtíssimo prazo, as taxas subiram também em reação ao Copom, com o mercado ajustando apostas para o encontro de junho do colegiado, vendo em alguns momentos chances divididas de o BC parar o ciclo de altas da Selic ou promover aumento adicional de 25 pontos-base.
O avanço firme dos rendimentos dos Treasuries no exterior, por sua vez, exerceu pressão contrária, segurando um pouco a queda das taxas dos DIs na “barriga da curva”, de prazo médio, e na ponta longa.
Veja o fechamento das taxas dos principais contratos de DI:
Mês | Ticker | Taxa (% a.a.) | Ajuste anterior (% a.a.) | Variação (p.p.) |
JUL/25 | DIJN25 | 14,674 | 14,622 | 0,052 |
JAN/26 | DIJF26 | 14,795 | 14,735 | 0,06 |
JAN/27 | DIJF27 | 13,99 | 14,013 | -0,023 |
JAN/28 | DIJF28 | 13,445 | 13,547 | -0,102 |
JAN/29 | DIJF29 | 13,41 | 13,542 | -0,132 |
JAN/30 | DIJF30 | 13,505 | 13,63 | -0,125 |
JAN/31 | DIJF31 | 13,59 | 13,698 | -0,108 |
JAN/33 | DIJF33 | 13,64 | 13,74 | -0,1 |
BOLSA EUA-EUA-Wall Street tem alta com primeiro acordo comercial
As ações norte-americanas se recuperaram nesta quinta-feira, com os investidores comemorando um novo acordo comercial firmado entre os Estados Unidos e o Reino Unido, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizava que as próximas negociações com a China seriam mais substanciais do que se pensava inicialmente.
O Dow Jones .DJI subiu 0,62%, para 41.368,45 pontos, o S&P 500 .SPX ganhou 0,58%, para 5.663,94 pontos, e o Nasdaq Composite .IXIC avançou 1,07%, para 17.928,14 pontos.
BOLSA EUROPA-Ações sobem após Trump fechar acordo tarifário com Reino Unido
As ações europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo comercial com o Reino Unido para reduzir as tarifas, o primeiro acordo desse tipo desde que Trump desencadeou uma guerra comercial global com suas taxas universais.
O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX fechou em alta de 0,4%, com a maioria dos índices regionais também concluindo o dia com ganhos.
PETRÓLEO-Petróleo sobe 3% com apoio de esperanças em negociações entre EUA e China
Os preços do petróleo subiram cerca de 3% nesta quinta-feira, impulsionados pela esperança de um avanço nas negociações comerciais iminentes entre os Estados Unidos e a China, os dois maiores consumidores de petróleo do mundo.
Os contratos futuros do petróleo Brent LCOc1 fecharam em alta de US$1,72, ou 2,8%, a US$62,84 por barril. O petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) CLc1 subiu US$1,84, ou 3,2%, para US$59,91.
GRÃOS
Os preços futuros da soja em Chicago subiram nesta quinta-feira, com a alta dos futuros do óleo de soja e a esperança de que as próximas negociações comerciais entre os EUA e a China, na Suíça, possam reduzir as tensões comerciais que têm prejudicado as exportações norte-americanas de grãos e sementes oleaginosas, segundo analistas.
Os futuros do trigo e do milho caíram, já que o bom clima para o plantio e as condições de desenvolvimento nos EUA pressionaram os preços.
O contrato de soja mais ativo Sv1 subiu 5,75 centavos, para US$10,45 por bushel. O trigo Wv1 caiu 5 centavos, para US$5,2925 por bushel. O milho Cv1 fechou em queda de 1,75 centavos, para US$4,475 por bushel.
CAFÉ
O café arábica KCc2 registrou alta de 3,25 centavos, ou 0,8%, a US$ 3,8735 por libra-peso, com o mercado sem uma tendência geral clara. Já o café robusta LRCc2 subiu 0,5%, a US$ 5.265 por tonelada.
AÇÚCAR
O açúcar bruto SBc1 fechou em alta de 0,37 centavo, ou 2,2%, a 17,50 centavos de dólar por libra-peso. Os traders disseram que a associação de usinas do centro-sul brasileiro, a Unica, deve divulgar nos próximos dias dados sobre a moagem de cana e açúcar na região durante a segunda metade de abril.
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