8 Mai (Reuters) - A Monster Beverage MNST.O relatou uma queda surpreendente na receita do primeiro trimestre na quinta-feira, sinalizando que os consumidores nos EUA reduziram os gastos com bebidas energéticas caras em meio à incerteza econômica.
O clima mais frio em janeiro e a alta inflação em fevereiro levaram a gastos mais fracos do consumidor, impactando as vendas durante o trimestre.
A empresa também atribuiu o declínio nas vendas líquidas às mudanças nos padrões de pedidos de engarrafadores e distribuidores nos EUA e na Europa, além de turbulências cambiais.
A Monster Beverage se protege contra o aumento dos preços do alumínio, mas disse que reconheceria as tarifas impostas às importações do material devido ao maior prêmio de alumínio com impostos pagos no Centro-Oeste dos EUA. (link), que subiu mais de 70% nos três meses até março.
A empresa disse que uma de suas subsidiárias de sabores e concentrados estava planejando abrir uma unidade no Brasil, com previsão de operação no ano que vem, para ajudar a mitigar o impacto dos impostos sobre o alumínio.
No entanto, não se espera que as tarifas tenham um impacto material nos resultados gerais da empresa, disseram executivos em uma teleconferência pós-lucros.
A gigante das bebidas Coca-Cola KO.N alertou no mês passado (link) que a incerteza macroeconômica devido às tarifas pode prejudicar o sentimento do consumidor, apesar de superar as estimativas de resultados trimestrais.
As vendas líquidas do segmento de bebidas energéticas Monster, que abriga a marca homônima e os produtos Reign Total Body Fuel, caíram 0,8%, para US$ 1,72 bilhão.
Sua receita líquida total caiu 2,3%, para US$ 1,85 bilhão, durante o trimestre encerrado em 31 de março, em comparação com a estimativa dos analistas de um aumento de 4,3%, para US$ 1,98 bilhão, de acordo com dados compilados pela LSEG.
A fraqueza persistente em seu segmento de marcas de bebidas alcoólicas também pesou nas vendas durante o trimestre, disse a empresa sediada em Corona, Califórnia.
A Monster aumentou os preços no ano passado, ajudando seu lucro bruto como porcentagem das vendas líquidas a subir de 54,1% no ano anterior para 56,5%.
Excluindo itens, o lucro foi de 45 centavos por ação, em comparação com a estimativa de 46 centavos.
As ações da Monster caíram 2,2% no pregão estendido.