Por Kamal Choudhury
5 Mai (Reuters) - A Zimmer Biomet Holdings ZBH.N reduziu na segunda-feira sua previsão de lucro ajustado para 2025 e disse que espera que as tarifas comerciais propostas pesem nos lucros da empresa neste ano.
As ações da empresa sediada em VARSÓVIA, Indiana, caíram 1 0 % para US$ 92 nas negociações da manhã.
A Zimmer, que fabrica dispositivos usados em procedimentos de quadril e joelho, afirmou que prevê um impacto de US$ 60 milhões a US$ 80 milhões em seu lucro operacional, com a maior parte no segundo semestre do ano. A empresa prevê um impacto de menos de US$ 5 milhões no segundo trimestre.
Investidores e analistas estão monitorando de perto como os fabricantes de dispositivos médicos lidarão com qualquer impacto das tarifas e se eles esperam benefícios das flutuações da moeda estrangeira.
O fabricante de dispositivos médicos disse que está abordando preocupações tarifárias examinando opções para mitigar os riscos, como possíveis mudanças nos países onde obtém ou fabrica seus produtos.
A empresa considera a China seu principal risco tarifário e está buscando fontes de suprimento "na Europa, em vez dos Estados Unidos" para reduzir o risco, disse o diretor financeiro Suketu Upadhyay, em uma teleconferência pós-lucros.
Em uma guerra comercial crescente, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de até 145% sobre produtos chineses, levando Pequim a retaliar com uma tarifa de 125%.
A Zimmer havia "colocado uma boa quantidade de estoque na China" antes das tarifas serem promulgadas, acrescentou Upadhyay.
No início do dia, a Zimmer afirmou que espera um lucro ajustado por ação em 2025 na faixa de US$ 7,90 a US$ 8,10, em comparação com sua previsão anterior de US$ 8,15 a US$ 8,35 por ação. Analistas esperavam um lucro anual de US$ 8,19 por ação, de acordo com dados compilados pela LSEG.
Na semana passada, a Stryker Corp SYK.N reduziu (link) sua previsão de lucro para 2025 e disse que antecipou um impacto tarifário de US$ 200 milhões no ano.
Em uma base ajustada, a empresa registrou lucro de US$ 1,81 por ação no primeiro trimestre, superando as estimativas de US$ 1,77 por ação.