Investing.com — O Deutsche Bank, um dos projetores mais otimistas de Wall Street, cortou sua meta de fim de ano para o S&P 500 de 7.000 para 6.150, citando os crescentes danos econômicos causados pela guerra comercial dos EUA.
O banco também reduziu sua estimativa de LPA para 2025. "Com o impacto potencial das tarifas anunciadas sendo grande e provavelmente afetando desproporcionalmente as empresas americanas, reduzimos nossa estimativa de LPA do S&P 500 para 2025 de US$ 282 para US$ 240", escreveram os analistas do Deutsche Bank. Isso marcaria um declínio de 5% em relação aos lucros do ano passado.
A instituição destacou diversos fatores por trás da revisão, incluindo a capacidade limitada dos fornecedores estrangeiros de absorver tarifas, o impacto da perda do comércio com a China e "potencial retaliação nas vendas americanas no exterior".
O crescimento externo mais lento e a incerteza persistente também devem pesar sobre os lucros.
Embora o S&P 500 permaneça próximo de máximas históricas, o Deutsche Bank alertou para o aumento da volatilidade no curto prazo, afirmando que prevê uma ampla faixa de negociação entre 4.600 e 5.600.
"O limite inferior da faixa corresponde ao preço de um declínio típico de recessão (-25%)", disseram os analistas. "O limite superior está alinhado com o posicionamento retornando próximo ao neutro."
Também se espera que haja potencial limitado de alta a partir de qualquer apoio fiscal de curto prazo, com o Deutsche Bank escrevendo que "quaisquer benefícios diretos para as empresas [seriam] ofuscados pelo impacto das tarifas."
Apesar da revisão, o cenário base do banco ainda prevê uma recuperação no final do ano se as tensões comerciais diminuírem.
"Um recuo crível provavelmente precisa de uma queda significativa nos índices de aprovação", disse a nota, sugerindo que uma queda para os baixos 40 ou meados dos 30 seria necessária para estimular uma mudança de política.
"O risco para nossa visão é que não obtenhamos um recuo antes que as não linearidades da recessão entrem em ação", concluíram os analistas.
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