Por David French
4 Abr (Reuters) - Wall Street despencou pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira, com o índice de tecnologia Nasdaq em baixa e o Dow Jones em correção, conforme a escalada da guerra comercial global provocou as maiores perdas nas bolsas norte-americanas desde a pandemia.
O Dow Jones .DJI, o S&P 500 .SPX e o Nasdaq .IXIC registraram suas maiores quedas em dois dias desde que o coronavírus causou pânico global durante o primeiro mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2020. No acumulado de quinta e sexta-feira, o Dow Jones caiu 9,3%, o S&P 500 perdeu 10,5% e o Nasdaq cedeu 11,4%.
O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC caiu somente nesta sexta 5,82%, para 15.587,79 pontos. O Dow Jones .DJI cedeu 5,50%, para 38.314,86 pontos. O S&P 500 .SPX perdeu 5,97%, para 5.074,08 pontos.
Na semana, o S&P 500 caiu 9,1%, o Dow Jones recuou 7,9% e o Nasdaq perdeu 10%.
As consequências das tarifas abrangentes de Trump aumentaram os temores de uma recessão global, eliminando trilhões de dólares de valor de empresas dos EUA. Destacando o pânico crescente entre investidores, o índice de volatilidade da CBOE .VIX, conhecido como o indicador de medo de Wall Street, fechou em seu nível mais alto desde abril de 2020.
Desde quarta-feira, quando Trump elevou as barreiras tarifárias ao seu nível mais alto em mais de um século, investidores se desfizeram das ações, temendo tanto a nova realidade econômica dos EUA quanto a forma como parceiros comerciais norte-americanos podem retaliar, aumentando suas próprias barreiras comerciais.
O Nasdaq confirmou que está em um mercado em baixa em comparação com seu recorde de fechamento de 20.173,89 pontos em 16 de dezembro.
Enquanto isso, o Dow Jones confirmou uma correção em relação ao seu recorde de fechamento de 45.014,04 pontos em 4 de dezembro.
Já o S&P 500 fechou em 5.074,08 pontos, seu nível mais baixo em 11 meses.
Todos os 11 setores do S&P caíram mais de 4,5%, sendo que o de energia .SPNY teve o pior desempenho pelo segundo dia consecutivo, com queda de 8,7%, conforme empresas acompanharam uma queda de 7,3% nos preços do petróleo bruto dos EUA. O/R
((Tradução Redação Brasília))
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