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JPMorgan corte recomendação de ações mexicanas e eleva empresas do Brasil

Reuters10 de mar de 2025 às 12:15

Por Siddarth S

- O JPMorgan cortou nesta segunda-feira recomendação sobre ações de empresas do México devido ao crescimento econômico mais lento do país e às tarifas de importação dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que adotou uma posição positiva sobre companhias brasileiras, citando possível fim do ciclo de aumento da taxa de juros e o impulso de medidas de estímulo econômico da China.

O banco de Wall Street elevou a recomendação sobre ações brasileiras de "neutro" para "overweight" e cortou a avaliação sobre empresas mexicanas de "overweight" para "neutro".

"O que mais nos incomoda no México é a desaceleração muito acentuada do crescimento, que provavelmente fará com que o desempenho do PIB seja interrompido, pelo menos no primeiro semestre do ano", disse o JPM.

No mês passado, dados mostraram que a economia mexicana encolheu no quarto trimestre pela primeira vez em mais de três anos, com o banco central do país esperando, na melhor das hipóteses, um fraco crescimento este ano e economistas vendo riscos severos à frente, incluindo tensões comerciais com o governo de Donald Trump.

As tarifas de 25% impostas por Trump sobre importações do México e do Canadá entraram em vigor na terça-feira, juntamente com novas taxações sobre produtos chineses. Entretanto, dois dias depois, Trump isentou muitas importações do México e algumas do Canadá por um mês, a mais recente reviravolta em uma política comercial tumultuada.

BRASIL

"O Brasil pode estar mais próximo do que se esperava do fim do ciclo de alta, o que acreditamos ser um gatilho muito importante para as ações", disse o JPM, acrescentando que a indicação da China de novas medidas de estímulo na semana passada pode ajudar ainda mais o mercado acionário brasileiro.

O banco central do Brasil deve realizar o terceiro aumento consecutivo de 100 pontos-base na taxa básica de juros em reunião no final deste mês, levando a Selic a 14,25%, o maior nível em mais de oito anos.

"No entanto, é bem possível que haja uma pausa depois disso (referindo-se à reunião de março)", acrescentou o JPM.

A guerra comercial de Trump com a China beneficiará o Brasil, o maior exportador mundial de soja, algodão, carne bovina e carne de frango, e o mercado espera que o país envie mais produtos para a China, já que as empresas do país buscam importações livres de tarifas.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))

REUTERS AAJ

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