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Mundo “ficará bem” e investidores devem comprar na queda, diz CEO da BlackRock

Investing.com5 de mar de 2025 às 17:08

Investing.com – Durante sua participação em uma conferência com instituições financeiros promovida pela RBC Capital Markets, na última terça-feira, o presidente e CEO da BlackRock (NYSE:BLK), Larry Fink, comentou sobre os mercados e as oportunidades de investimento diante das turbulências globais desencadeadas pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Fink destacou que, apesar da incerteza no curto prazo, o cenário global irá se ajustar à nova realidade à medida que empresas e governos reavaliam suas estratégias. Para ele, a volatilidade será intensa nos próximos meses, mas há oportunidades atraentes no médio e longo prazo para quem investe em ações.

"O mundo está bem," afirmou Fink no evento. "Existe muito barulho, mas tanto os EUA quanto o resto do mundo vão superar essa fase."

O executivo enfatizou que, caso ocorra uma queda acentuada no mercado, a reação dos investidores deveria ser: "Ótimo, é hora de comprar."

Apesar das incertezas geradas pela guerra comercial, Fink acredita que a economia americana está se preparando para um período de forte expansão. Segundo ele, o impacto final das tarifas poderá ser positivo para os EUA, ainda que, no momento, o comércio global esteja sendo reconfigurado.

Para os próximos seis meses, a volatilidade deve continuar elevada, pois mercados e empresas precisarão ajustar suas cadeias de fornecimento. O ano de 2025 será desafiador, mas Fink acredita que, após esse período, os investidores ficarão satisfeitos por terem mantido suas posições em ações.

Fink também criticou a percepção atual do mercado sobre os títulos do Tesouro americano. Ele enxerga pressões inflacionárias no curto prazo, impulsionadas, entre outros fatores, pela possível escassez de mão de obra no setor agrícola, resultante das deportações de imigrantes ilegais.

O executivo destacou que, após um quarto trimestre forte, consumidores e empresas adotaram uma postura mais cautelosa. Embora isso cause disrupções no curto prazo, ele acredita que, no horizonte de dois a três anos, os avanços tecnológicos terão um efeito deflacionário sobre a economia.

Uma oportunidade assimétrica que ele vislumbra é a possibilidade de novos acordos comerciais com México, Canadá e até mesmo China, que podem trazer benefícios econômicos consideráveis.

Sobre a Europa, Fink ressaltou que o continente enfrentou desafios estruturais significativos ao longo dos últimos 10 a 12 anos, principalmente devido ao excesso de regulamentação. No entanto, ele vê uma mudança positiva recente.

O executivo destacou o aumento expressivo dos orçamentos de defesa e a adoção de medidas mais assertivas por parte dos líderes europeus para estimular o crescimento econômico. Diante desses avanços, Fink afirmou estar mais otimista em relação à região.

Fink também reforçou sua crença no impacto da inteligência artificial sobre os mercados financeiros. Ele vê os avanços tecnológicos como um fator deflacionário ao longo do tempo, reduzindo custos e aumentando a eficiência produtiva.

"Está muito claro para mim que os avanços tecnológicos dos EUA serão os principais impulsionadores da valorização das ações nos próximos cinco anos e continuarão criando oportunidades para os investidores."

Com isso, segundo Fink, a inteligência artificial tem potencial para ser um grande motor de transformação econômica e um fator determinante para as tendências de mercado no longo prazo.

Aviso legal: as informações fornecidas neste site são apenas para fins educacionais e informativos e não devem ser consideradas consultoria financeira ou de investimento.
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