ADRs da Vale sobem 2% no pré-mercado dos EUA mesmo com prejuízo

Investing.com – As American Depositary Receipts (ADRs) da Vale (BVMF:VALE3) subiam 2,36% às 9h44 (de Brasília) no pré-mercado americano, cotadas a US$9,97, mesmo com prejuízo reportado referente ao quarto trimestre de 2024. Apesar do resultado líquido negativo, analistas consideraram os dados operacionais como favoráveis, além de anúncios de recompra e proventos.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) apontou que o Ebida veio em linha com o estimado, apesar de 3% abaixo do consenso, mas com bom momento operacional e estratégia de alocação de capital. Além disso, o GS enxerga melhora no breakeven do Ebitda do minério de ferro, de acordo com relatório.

“No lado negativo, a Vale relatou um impairment de US$ 2 bilhões relacionado à revisão de ativos de níquel em Voises Bay e Thompson. Esperamos uma reação de mercado marginalmente positiva e o foco dos investidores na alocação de capital (novo programa de recompra anunciado, orientação de investimento em capital para 2025 reduzida em 9%)”, acredita o GS.

Os analistas Márcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, que indicam compra na ação, destacam que as estratégias adotadas pela mineradora visando elevar a eficiência não estão precificadas adequadamente.

“Embora entendamos as preocupações sobre as incertezas do minério de ferro, a preferência geral dos investidores pela exposição ao cobre dentro das commodities e os ventos contrários macro (relação comercial EUA-China, atividade na China), vemos espaço para a Vale recuperar a competitividade relativa”, ressaltam.

Os retornos ao caixa foram surpreendentemente positivos, segundo o UBS, que possui recomendação neutra no papel. O banco elogiou a mudança no guidance de investimentos, o programa de recompra e distribuição de proventos, o que tende a impulsionar as ações, no entendimento dos analistas Myles Allsop, Caio Greiner e Alex Stansbury.

“Na nossa opinião, a principal conclusão é que a administração e o Conselho de Administração parecem confiantes no processo de recuperação da empresa e nas perspectivas de geração de fluxo de caixa livre nos próximos trimestres. Prevemos uma reação positiva a estes anúncios”.

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