B3 (B3SA3): Diversificação de receitas e pressão de custos serão foco no balanço

Investing.com – Analistas estarão atentos aos resultados da estratégia de diversificação de receitas da B3 (BVMF:B3SA3), que opera a bolsa de valores brasileira, em um terceiro trimestre afetado por mudanças nas expectativas de juros e incertezas nos mercados, pressionando a renda variável. Além disso, analistas também esperam uma elevação nas despesas da companhia, ainda que compensadas por um resultado financeiro positivo. O balanço será divulgado nesta quarta, 13 de novembro, com teleconferência marcada para o dia seguinte.

O Bank of America (NYSE:BAC) entende que a diversificação de receitas deve manter o lucro líquido relativamente inalterado em uma base anual. A recomendação do BofA é neutra, com preço-alvo de R$13.

“Os dados mostram que a B3 tem sido capaz de diversificar com sucesso suas fontes de receita, compensando os fracos volumes de ações. No entanto, as perspectivas de um ambiente de taxas mais altas por mais tempo devem continuar a pressionar o crescimento da receita total”.

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Com os dados operacionais apresentados, o BofA espera um lucro líquido de R$ 1,2 bilhão. “Os dados mostram uma ligeira desaceleração nas receitas, pressionadas pelo fraco ADTV de ações (-2% na base anual), refletindo o ambiente de juros mais altos por mais tempo”, completa o BofA, que espera crescimento anual de 8% nas receitas de dados, enquanto as despesas operacionais tendem a subir 8% na mesma análise, diante de reajuste salarial anual.

Enquanto isso, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31), que tem recomendação neutra para ação, com preço-alvo de R$14, espera um lento ADTV para ações à vista, mas outras linhas de negócios podem ter tendências positivas, como derivativos e renda fixa.

Assim, a XP enxerga um avanço anual de 10,7% na receita líquida, com um aumento moderado nas despesas. “Esperamos resultados decentes, mas não esperamos que os números do trimestre desencadeiem qualquer ação de preço expressiva (nem positiva nem negativa)”.

Entre os fatores de elevação nos custos, estariam “maiores despesas com tratamento de dados; e maiores despesas vinculadas à receita, alimentadas pelo marketing associado ao lançamento de novos produtos”.

O Santander (BVMF:SANB11) também enxerga aumento de gastos no trimestre, diante das despesas com pessoal, custos relacionados a receitas, com taxas de incentivo relacionadas a produto cripto, além de processamento de dados. “As despesas devem ser parcialmente compensadas por um resultado financeiro de R$51 milhões, devido ao maior saldo de caixa e taxas de juros, em nossa opinião”.

Fonte: InvestingPro

Veja algumas das projeções de mercado

InvestingPro: O InvestingPro, plataforma premium do Investing.com, projeta um lucro por ação (LPA) de R$0,23, com uma receita de R$2,442 bilhões.

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Consenso: As projeções consensuais indicam uma receita líquida de R$2,458 bilhões, Ebitda de R$1,788 bilhão e lucro de R$1,264 bilhão.

BTG (BVMF:BPAC11): O BTG estima receita de R$2,367 bilhões, Ebitda de R$1,690 bilhão e lucro líquido de R$1,194 bilhão.

Santander: O Santander espera Ebitda de R$1,732 bilhão e lucro líquido de R$1,231 bilhão.

BofA: O BofA estima um lucro líquido de R$1,2 bilhão, com rentabilidade de 25,5%.

XP: A XP projeta receitas de R$2,435 bilhões e um lucro líquido recorrente de R$1,266 bilhão.