
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO, 23 Out (Reuters) - A norte-americana Equinix EQIX.O está expandindo suas operações de centrais de processamento de dados no Brasil, país que é uma das prioridades do grupo, afirmou o presidente da empresa para América Latina, Eduardo Zago.
Segundo ele, o grupo já tem oito data centers operando no Brasil e atualmente constrói um nono. Todos estão no eixo Rio-São Paulo e a expansão futura no país continuará nessas duas regiões.
"São três no Rio e seis em São Paulo e estamos em expansão forte", disse o executivo durante evento do setor de energia no Rio de Janeiro. "O Brasil para nós é uma região prioritária. É um mercado que não falta espaço e nem dinheiro", adicionou.
Na América Latina, a Equinix também está presente no México, Chile, Peru e Colômbia.
A empresa já comprou cinco terrenos para futura expansão no Brasil, disse Zago.
"Ainda não tem plano definido, mas já temos terrenos comprados, vamos crescer mediante a demanda que será crescente. O que vier a gente constrói e pretendemos continuar no eixo Rio-São Paulo", afirmou.
"Eventualmente, através de uma aquisição podemos chegar em outros mercados, mas o nosso forte é onde tem mais tráfego que é Rio de Janeiro e São Paulo", acrescentou.
No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que cria o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata) e o programa busca impulsionar o desenvolvimento de setores que reúnam empresas em áreas como computação em nuvem e inteligência artificial.
Zago acha que o Redata não terá dificuldades para ser aprovado pelo Congresso Nacional. "Tenho para mim que o Congresso não vai ser contra porque ser contra isso é ser contra o desenvolvimento do Brasil, independente do viés político", disse o executivo. "Calculamos uma expansão exponencial com a chegada do Redata, que vai fomentar muito o mercado e vai atrair grupos internacionais", acrescentou.
"Achamos que o Redata vai funcionar no longo prazo e vamos ver outros projetos surgindo no interior de São Paulo e em Fortaleza", afirmou. "A gente (o setor como um todo) deve ter data centers menores em Salvador, Belo Horizonte e outros locais. O céu é o limite. Será uma virada de chave", disse Zago.