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Autoridade dos Emirados Árabes Unidos pede a Netanyahu fim da guerra em Gaza

Reuters27 de set de 2025 às 12:41

- O ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Abdullah bin Zayed, enfatizou a necessidade urgente de acabar com a guerra de Gaza, durante uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

A informação foi dada pela agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos, a WAM, neste sábado.

Este foi o primeiro encontro de Netanyahu com uma alta autoridade árabe desde o ataque de Israel aos líderes do Hamas no Catar, em 9 de setembro, que os Emirados Árabes Unidos condenaram.

Grande produtor de petróleo e centro regional de comércio e negócios, com influência diplomática no Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos assinaram um acordo de normalização mediado pelos EUA com Israel sob os Acordos de Abraão, em 2020, o que abriu caminho para laços econômicos e de segurança estreitos, incluindo cooperação em defesa.

Esses acordos, mediados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, durante seu primeiro mandato, levaram Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos a normalizarem as relações diplomáticas com Israel.

O xeque Abdullah reiterou o "compromisso inabalável dos Emirados Árabes Unidos em apoiar todas as iniciativas que visem alcançar uma paz abrangente baseada na solução de dois Estados, de uma forma que atenda às aspirações dos povos palestino e israelense", disse a WAM.

A reportagem deste sábado não mencionou os Acordos de Abraão, que foram prejudicados pelas políticas israelenses na região.

No início deste mês, os Emirados Árabes Unidos alertaram Israel que a anexação na Cisjordânia ocupada constituiria uma "linha vermelha" para Abu Dhabi, o que prejudicaria severamente o espírito dos Acordos de Abraão.

Fontes disseram à Reuters que Abu Dhabi poderia rebaixar os laços diplomáticos com os israelenses se o governo de Netanyahu anexasse parte ou toda a Cisjordânia ocupada por Israel.

Grandes nações ocidentais, incluindo França, Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal, reconheceram o Estado palestino no último domingo, em uma atitude motivada pela frustração com a guerra em Gaza. A intenção desses países é promover uma solução de dois Estados, o que provocou uma resposta furiosa de Israel.

Netanyahu, que descartou a possibilidade de estabelecer um Estado palestino, denunciou duramente os países ocidentais pelo reconhecimento.

O governo de extrema direita israelense declarou que não haverá um Estado palestino, enquanto continua sua luta contra o grupo militante Hamas em Gaza, após o ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel, que matou cerca de 1.200 pessoas.

(Reportagem de Muhammad Al Gebaly)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS FDC

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