Por Sudip Kar-Gupta
BRUXELAS, 24 Set (Reuters) - A Apple AAPL.O, o Google GOOGL.O e a Microsoft MSFT.O foram questionados pelos órgãos reguladores de tecnologia da União Europeia sobre as medidas que estão tomando para evitar que suas plataformas sejam usadas para fraudes financeiras, ressaltando a preocupação da Europa com o custo da fraude online.
O bloco está aumentando seu escrutínio regulatório das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos por meio da Lei de Serviços Digitais, que exige que as grandes empresas de tecnologia façam mais para combater o conteúdo ilegal e prejudicial em suas plataformas.
"Hoje, enviamos solicitações de informações, de acordo com a Lei de Serviços Digitais, para a Apple, Booking.com, Google e Microsoft sobre como eles identificam e gerenciam riscos relacionados a golpes financeiros", escreveu a chefe de tecnologia da UE, Henna Virkkunen, no X nesta quarta-feira.
"A fraude online pode começar muito facilmente hoje em dia e, com muita frequência, resulta em perdas financeiras para os consumidores", acrescentou.
Esses golpes online, que vão desde listas de hotéis falsos e aplicativos bancários fraudulentos até deepfakes de figuras públicas promovendo investimentos falsos, custam aos europeus mais de 4 bilhões de euros (US$4,7 bilhões) por ano, disse Virkkunen.
Órgãos reguladores de todo o mundo expressaram preocupações de que o crescimento da inteligência artificial pode tornar consumidores mais vulneráveis a golpes como "phishing" e esquemas de investimento fraudulentos.
((Tradução Redação Brasília))
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