NOVA YORK, 23 Set (Reuters) - O Serviço Secreto dos Estados Unidos desmantelou uma rede de dispositivos eletrônicos sofisticados na área de Nova York que havia sido usada para ameaçar autoridades do governo dos Estados Unidos, informou a agência horas antes de o presidente Donald Trump discursar para líderes estrangeiros reunidos na Assembleia Geral da ONU.
Os dispositivos estavam concentrados a 56 km da reunião global da assembleia de 193 membros, disse o Serviço Secreto em um comunicado.
"A análise inicial indica comunicações celulares entre agentes de ameaças de Estado-nação e indivíduos que são conhecidos pelas autoridades policiais federais", afirmou o comunicado.
As autoridades apreenderam mais de 300 servidores SIM e 100.000 cartões SIM em vários locais em uma operação que, segundo a agência, representou uma ameaça iminente às suas operações de proteção.
Os dispositivos foram usados para "conduzir várias ameaças relacionadas a telecomunicações direcionadas a altos funcionários do governo dos EUA", disse o Serviço Secreto.
"Essa rede tinha o potencial de desativar torres de telefonia celular e, essencialmente, desligar a rede de celulares na cidade de Nova York", afirmou Matt McCool, agente especial encarregado do escritório de campo do Serviço Secreto em Nova York, em uma declaração em vídeo.
Ele disse que os dispositivos não representavam mais uma ameaça para a região.
A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os dispositivos descobertos poderiam ser usados para realizar uma série de ataques de telecomunicações, incluindo a desativação de torres de telefonia celular, possibilitando ataques de segurança cibernética e permitindo a comunicação criptografada entre grupos criminosos e agentes de ameaças.
A área dos três Estados onde a rede estava localizada inclui Nova York, Connecticut e Nova Jersey.
O Serviço Secreto disse que não poderia entrar em detalhes sobre quem estava por trás das manobras, programadas para o encontro anual da ONU.
(Reportagem de Doina Chiacu e Steve Holland)
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS TR