
WASHINGTON, 22 Set (Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse nesta segunda-feira que "todas as opções de estabilização estão na mesa" para apoiar a Argentina, com mais detalhes disponíveis depois que os presidentes argentino, Javier Milei, e dos EUA, Donald Trump, se reunirem na terça-feira.
"Essas opções podem incluir, mas não estão limitadas a, linhas de swap, compras diretas de moeda e compras de dívida pública denominada em dólares do Fundo de Estabilização Cambial do Tesouro", escreveu Bessent no X.
Bessent disse que participará da reunião entre Milei e Trump nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.
A Argentina assinou um novo acordo de empréstimo de US$20 bilhões por quatro anos com o Fundo Monetário Internacional em abril, que exigia que o país desfizesse os controles cambiais de anos e afrouxasse seu controle sobre o peso.
Milei está buscando apoio para suas políticas econômicas em um momento em que os mercados financeiros foram abalados pela derrota de seu partido governista nas eleições legislativas na província de Buenos Aires, sinalizando um descontentamento crescente com a austeridade.
O banco central da Argentina fez sua maior venda diária de dólares em quase seis anos na sexta-feira, enquanto continua a usar as reservas para sustentar a moeda local, atendendo à forte demanda por dólares de investidores institucionais cautelosos com a instabilidade política.
A última intervenção do banco totalizou US$678 milhões, elevando o montante total de dólares vendidos nas últimas três sessões para US$1,1 bilhão.
"Continuamos confiantes de que o apoio do presidente @JMilei à disciplina fiscal e às reformas pró-crescimento são necessárias para interromper a longa história de declínio da Argentina", escreveu Bessent no X.
Os planos de Milei de se reunir com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, que também participará das reuniões da ONU em Nova York, não ficaram imediatamente claros. Um porta-voz do FMI não pôde ser contatado imediatamente para comentar a situação da Argentina.
(Reportagem de Susan Heavey, David Lawder, Andrea Shalal e Maiya Keidan)
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS CMO