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Embaixador britânico nos EUA é demitido por ligações com Epstein

Reuters11 de set de 2025 às 14:20

Por Elizabeth Piper e Muvija M

- O embaixador britânico nos Estados Unidos, Peter Mandelson, foi demitido nesta quinta-feira pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, depois que uma série de e-mails revelou a profundidade de seus laços com o falecido criminoso sexual norte-americano Jeffrey Epstein.

Conhecido por suas manobras nos bastidores durante uma carreira que durou mais de três décadas, Mandelson foi forçado a deixar o cargo diplomático mais desejado do Reino Unido depois que algumas de suas cartas e e-mails para Epstein foram revelados esta semana.

Starmer, que está com dificuldades nas pesquisas de opinião, apoiou fortemente seu embaixador na quarta-feira, enquanto uma visita de Estado do presidente dos EUA, Donald Trump, com quem Mandelson desenvolveu laços fortes, se aproxima na próxima semana.

Trump também enfrentou questionamentos sobre suas ligações com Epstein, com a Casa Branca negando que uma suposta carta de aniversário do republicano para o falecido financista seja autêntica.

MANDELSON CHAMOU EPSTEIN DE "MEU MELHOR AMIGO"

Fundamental para o sucesso do Partido Trabalhista quando Tony Blair era primeiro-ministro, Mandelson passou a ser investigado depois que legisladores dos EUA divulgaram documentos, incluindo uma carta chamando Epstein de "meu melhor amigo".

E-mails foram publicados na mídia mostrando que Mandelson havia aconselhado Epstein a lutar pela libertação antecipada em 2008, quando ele estava prestes a ser condenado a 18 meses de prisão por aliciamento de menores.

"Os e-mails mostram que a profundidade e a extensão do relacionamento de Peter Mandelson com Jeffrey Epstein são materialmente diferentes daquelas conhecidas na época de sua nomeação", disse o Ministério das Relações Exteriores britânico.

A divulgação da sugestão de Mandelson, de que a primeira condenação de Epstein foi injusta e deveria ser contestada, era "nova informação", disse o ministério, acrescentando que Starmer havia pedido sua remoção.

Na quarta-feira, Mandelson disse que se arrependia profundamente de ter conhecido Epstein e que manteve a associação "por muito mais tempo do que deveria", sugerindo que acreditou nas mentiras de um "mentiroso criminoso carismático".

Morreu na prisão em 2019, Epstein tinha entre seus amigos príncipes e a elite política, muitos dos quais foram desde então manchados pela associação. O príncipe Andrew, do Reino Unido, irmão mais novo do rei Charles, foi afastado de seus deveres reais oficiais devido aos laços com Epstein. Ele nega qualquer irregularidade.

A declaração de Mandelson pareceu inicialmente satisfazer o primeiro-ministro. Starmer havia elogiado Mandelson, o primeiro nomeado político para o cargo em quase meio século, por seus esforços para garantir um acordo comercial com os Estados Unidos.

Mas depois de ser forçado a deixar o gabinete duas vezes sob o comando de Blair, Mandelson não era estranho à controvérsia. Ele foi fotografado de férias com Epstein, um dos vários amigos ou antigos amigos de Mandelson, o que levantou questões sobre o julgamento do ex-embaixador.

Em 2008, foi revelado que Mandelson havia passado um tempo em um iate pertencente ao empresário russo Oleg Deripaska, que agora está sob sanções devido à guerra da Rússia na Ucrânia. Mandelson negou ter concedido favores ao empresário russo enquanto era comissário europeu de comércio.

Vários funcionários trabalhistas alertaram Starmer sobre a nomeação de Mandelson, mas o líder britânico foi em frente, acreditando que ele poderia ajudar a construir as relações entre o Reino Unido e os EUA sob um governo Trump.

Um porta-voz de Starmer disse aos repórteres que, após analisar as novas informações, o primeiro-ministro tomou "medidas rápidas e decisivas" nesta quinta-feira, acrescentando que o líder britânico considerou os e-mails "repreensíveis".

(Reportagem de Muvija M e Elizabeth Piper; reportagem adicional de Alistair Smout)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS FDC

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