Por Trevor Hunnicutt e Kanishka Singh
WASHINGTON, 5 Set (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que os EUA estão em negociações "muito profundas" com o grupo militante palestino Hamas, e pediu que eles libertem todos os reféns mantidos em Gaza.
"Estamos em negociações muito profundas com o Hamas", disse Trump a repórteres, afirmando que a situação será "difícil" e "desagradável" se o Hamas continuar a manter reféns israelenses.
"Dissemos para deixá-los sair, agora mesmo, deixá-los sair. E coisas muito melhores acontecerão para eles, mas se não os libertarem, a situação será difícil, será desagradável", disse Trump, acrescentando que o Hamas estava "pedindo algumas coisas que são boas".
Trump não entrou em mais detalhes.
Militantes palestinos levaram mais de 250 reféns para Gaza depois de um ataque em Israel em outubro de 2023 que matou cerca de 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses.
O ataque subsequente de Israel, aliado dos EUA, contra Gaza matou dezenas de milhares de pessoas, deslocou internamente toda a população de Gaza e provocou acusações de genocídio e crimes de guerra em tribunais internacionais e de vários grupos de direitos humanos. Israel nega as acusações.
Trump havia prometido um fim rápido para a guerra em Gaza durante sua campanha presidencial, mas uma solução tem sido difícil de ser alcançada.
Cerca de 50 reféns israelenses ainda estão sendo mantidos pelo Hamas em Gaza, e acredita-se que 20 estejam vivos.
O Hamas disse que libertaria alguns reféns em troca de um cessar-fogo temporário, enquanto Trump tem dito repetidamente que deseja a libertação de todos os reféns.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a guerra em Gaza só terminaria se todos os reféns fossem libertados, o Hamas fosse desarmado, Israel estabelecesse o controle de segurança sobre o enclave e uma administração civil alternativa fosse estabelecida. O Hamas está exigindo o fim da guerra e a retirada de Israel de Gaza.
(Reportagem de Trevor Hunnicutt e Kanishka Singh, em Washington)
((Tradução Redação Rio de Janeiro))
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