
WASHINGTON, 4 Set (Reuters) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) está considerando propostas para impedir que pessoas transgênero comprem armas, informou a mídia norte-americana nesta quinta-feira.
A CNN descreveu, a partir de relatos de fontes anônimas, conversas sobre o assunto como "preliminares por natureza" e disse que elas surgiram após o tiroteio da semana passada em uma igreja católica em Minnesota que deixou duas crianças mortas e outras 17 feridas. O suspeito do tiroteio era transgênero, segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem.
O New York Post, também com fontes não identificadas, informou que as negociações estão em andamento.
"O DOJ está avaliando ativamente as opções para evitar o padrão de violência que temos visto em indivíduos com desafios específicos de saúde mental e transtornos de abuso de substâncias. Nenhuma proposta específica de justiça criminal foi apresentada até o momento", disse um porta-voz do Departamento de Justiça quando questionado sobre as reportagens.
A eventual adoção da proibição colocaria o apoio de longa data do Partido Republicano aos direitos de armas contra as medidas do governo Trump para limitar os direitos dos norte-americanos transgêneros.
Trump já havia assinado decretos proibindo a entrada de transgêneros nas Forças Armadas e determinando que os documentos de identificação emitidos pelo governo fossem baseados na "classificação biológica imutável de um indivíduo como homem ou mulher".
O grupo de direitos Associação de Proprietários de Armas dos EUA (GOA, na sigla em inglês), afirmou em uma publicação em rede social em resposta à reportagem da CNN que "a GOA se opõe a toda e qualquer proibição de armas; ponto final".
Embora a Segunda Emenda da Constituição dos EUA proteja o direito dos cidadãos norte-americanos de portar armas, há exceções, incluindo condenados e qualquer pessoa declarada mentalmente "defeituosa", de acordo com o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos.
(Reportagem de Sarah N. Lynch e Jasper Ward)
((Tradução Redação Brasília))
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