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Dinamarca convoca enviado dos EUA por suspeitas de operações de influência na Groenlândia

Reuters27 de ago de 2025 às 11:54

Por Jacob Gronholt-Pedersen e Soren Jeppesen

- O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca convocou o principal diplomata dos EUA em Copenhague por causa de relatos da inteligência dinamarquesa de que cidadãos norte-americanos têm conduzido operações secretas de influência na Groenlândia, informou o ministério na quarta-feira.

Segundo a emissora pública DR, fontes não identificadas disseram que o governo acredita que pelo menos três cidadãos norte-americanos com vínculos com o governo do presidente Donald Trump estão envolvidos em operações de influência destinadas a promover a secessão da Groenlândia da Dinamarca para os Estados Unidos.

"Estamos cientes de que atores estrangeiros continuam a demonstrar interesse na Groenlândia e em sua posição no Reino da Dinamarca", disse o ministro das Relações Exteriores, Lars Lokke Rasmussen, em um comunicado.

"Portanto, não é de se surpreender se houver tentativas externas de influenciar o futuro do Reino nos próximos tempos", disse Rasmussen.

Nem a emissora nem o ministério nomearam os indivíduos apontados nos relatos de inteligência.

A embaixada dos EUA em Copenhague não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Groenlândia, um território dinamarquês semiautônomo rico em minerais e estrategicamente localizado no Ártico, tem sido um ponto focal de interesse dos EUA desde que Trump expressou ambições de adquirir o território, citando preocupações de segurança nacional e internacional.

Sua proposta foi firmemente rejeitada tanto em Copenhague quanto em Nuuk, a capital da Groenlândia, que detém o direito de declarar independência da Dinamarca por meio de um referendo. Embora Trump também tenha expressado respeito pelo direito da Groenlândia de determinar seu próprio futuro, seus comentários sobre a possibilidade de tomar o território pela força alimentaram a incerteza entre seus 57.000 habitantes.

"É importante que nos manifestemos claramente contra os Estados Unidos", disse o chanceler Rasmussen a repórteres.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS TR

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