Por Luc Cohen e Jack Queen
NOVA YORK, 30 Jul (Reuters) - O governo de Donald Trump, buscando amenizar a comoção que assola sua Presidência, pediu a dois juízes que liberem os depoimentos prestados ao grande júri que indiciou Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell por acusações de tráfico sexual.
Em uma ação judicial apresentada na noite de terça-feira, promotores federais disseram que a divulgação dos materiais seria apropriada, dado o "abundante interesse público" no caso de Epstein, o falecido financista, e Maxwell, uma socialite britânica presa.
O republicano Trump havia prometido tornar públicos os arquivos relacionados a Epstein se fosse reeleito e acusou os democratas de encobrir a verdade. Mas, neste mês, o Departamento de Justiça (DOJ) disse que uma lista de clientes de Epstein, anteriormente divulgada, não existia de fato, enfurecendo os partidários de Trump.
Em 18 de julho, o DOJ solicitou permissão ao tribunal para tornar públicas as transcrições dos depoimentos confidenciais prestados por testemunhas há anos nos dois casos, mas os juízes distritais de Manhattan Richard Berman e Paul Engelmayer pediram ao governo que detalhasse as bases legais para as solicitações.
Trump tem enfrentado pressão para tornar públicos documentos das investigações federais sobre Epstein, que se matou em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual, e sua namorada de longa data Maxwell, que foi condenada por tráfico sexual em 2021.
Mesmo que um ou ambos os juízes permitam que as transcrições sejam tornadas públicas, não está claro se o público ficaria sabendo algo novo ou digno de nota.
Nos registros, os promotores disseram que a única testemunha ao grande júri de Epstein foi um agente do FBI. Esse mesmo agente e um detetive do Departamento de Polícia de Nova York foram as únicas testemunhas no grande júri de Maxwell, disseram os promotores.
O julgamento de quatro semanas de Maxwell em 2021 incluiu depoimentos públicos de supostas vítimas de tráfico sexual, associados de Epstein e Maxwell e agentes da lei.
Ela agora está cumprindo uma sentença de 20 anos de prisão na Flórida e está pedindo à Suprema Corte dos EUA que anule sua condenação. Ela havia se declarado inocente.
((Tradução Redação São Paulo))
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