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Chefe de comércio da UE diz que bloco não será pressionado a fazer acordo injusto com os EUA

Reuters6 de mai de 2025 às 12:52

- A União Europeia não se sente sob pressão indevida para aceitar um acordo comercial injusto com os Estados Unidos, disse o chefe de comércio da UE nesta terça-feira, acrescentando que outros parceiros comerciais estão muito interessados em acelerar as negociações com o bloco.

A UE enfrenta tarifas de 25% dos EUA sobre seu aço, alumínio e carros e as chamadas tarifas "recíprocas" de 10% para quase todos os outros produtos, uma taxa que pode aumentar para 20% depois que a pausa de 90 dias do presidente Donald Trump expirar em 8 de julho.

O comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, disse que a UE usará a pausa para preparar outras medidas de reequilíbrio e garantir condições equitativas caso as negociações fracassem.

"Todas as opções permanecem sobre a mesa", disse ele ao Parlamento Europeu.

Embora a preferência clara da UE seja negociar uma solução com os EUA, ele disse que Washington agora precisa mostrar sua disposição de progredir em direção a um acordo justo e equilibrado.

"Não nos sentimos fracos. Não nos sentimos sob pressão indevida para aceitar um acordo que não seria justo para nós", disse Sefcovic.

O comissário disse que as tarifas dos EUA agora cobrem 70% do comércio de bens da UE para o país e que isso pode aumentar para 97% após novas investigações dos EUA sobre produtos farmacêuticos, semicondutores e outros produtos.

Ele disse que a UE também está focada nos 87% do comércio global não realizado com os EUA, apontando para as negociações do bloco com Índia, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Malásia.

"Posso lhes dizer que nossos telefones não param de tocar o tempo todo porque todos querem acelerar as negociações de acordos de livre comércio conosco", continuou.

O comentário evocou a linguagem da Casa Branca, que afirmou ter recebido uma enxurrada de ligações de governos que buscam fechar acordos e reduzir o impacto das tarifas de Trump, que têm agitado os mercados e aumentado os temores de uma desaceleração econômica global.

A UE suspendeu suas próprias contramedidas contra as tarifas dos EUA sobre metais para dar espaço para negociações, embora pareça não ter havido muito progresso.

(Reportagem de Philip Blenkinsop)

((Tradução Redação São Paulo))

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