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França acusa inteligência russa de repetidos ataques cibernéticos desde 2021

Reuters29 de abr de 2025 às 15:10

Por John Irish

- O Ministério das Relações Exteriores da França acusou explicitamente a agência de inteligência militar GRU da Rússia, nesta terça-feira, de montar ataques cibernéticos em uma dúzia de entidades, incluindo ministérios, empresas de defesa e institutos desde 2021, em uma tentativa de desestabilizar a França.

As acusações, feitas à unidade GRU APT28, que as autoridades disseram estar sediada em Rostov-on-Don, no sul da Rússia, não são as primeiras de uma potência ocidental, mas é a primeira vez que Paris culpa o Estado russo com base em sua própria inteligência.

O ministério disse em um comunicado que os ataques do APT28 à França remontam a 2015, quando a estação TV5 Monde foi retirada do ar em um ataque hacker reivindicado por supostos militantes do Estado Islâmico.

A França disse que o APT28 estava por trás desse ataque e de outro na eleição presidencial de 2017, quando emails ligados ao partido e à campanha do futuro vencedor, Emmanuel Macron, foram vazados e misturados com desinformação.

De acordo com um relatório da Agência Nacional de Segurança Cibernética (ANSSI) da França, o APT28 procurou obter inteligência estratégica de entidades da Europa e da América do Norte.

Autoridades disseram que o governo decidiu tornar pública a informação para manter a população informada em um momento de incerteza na política interna e sobre a guerra da Rússia na Ucrânia.

A embaixada da Rússia em Paris não respondeu a um pedido de comentário.

A ANSSI afirmou que houve um salto no ano passado no número de ataques a ministérios franceses, administrações locais, empresas de defesa, empresas aeroespaciais, institutos e entidades do setor financeiro e econômico.

Eles disseram que o ataque mais recente do APT28 foi em dezembro, e que cerca de 4.000 ataques cibernéticos foram atribuídos a agentes russos em 2024, um aumento de 15% em relação a 2023.

O APT28 tem estado ativo em todo o mundo desde pelo menos 2004, principalmente no campo da ciberespionagem, segundo especialistas em hacking.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS TR

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