Suzano e mais 2 grupos são finalistas em venda de unidade de papel tissue da Kimberly-Clark, dizem fontes

Por Kane Wu e Yantoultra Ngui e Luciana Magalhaes

HONG KONG/CINGAPURA, 24 Abr (Reuters) - Suzano SUZB3.SA e os grupos asiáticos Royal Golden Eagle (RGE) e Asia Pulp & Paper (APP) são as empresas finalistas no processo de venda dos negócios internacionais de papel tissue da Kimberly-Clark KMB.N, avaliados em cerca de US$4 bilhões, disseram quatro fontes com conhecimento do assunto.

As três empresas selecionadas estão realizando diligências sobre as operações e devem apresentar propostas vinculantes até meados de maio, disseram as fontes.

A unidade de papel tissue que foi colocada à venda pela Kimberly-Clark como parte de uma reestruturação iniciada no ano passado gera cerca de US$500 milhões por ano em Ebitda, sigla para lucro operacional, disseram as fontes.

A Kimberly-Clark não respondeu a um pedido de comentário. O grupo de Cingapura Royal Golden Eagle e a Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, não quiseram comentar. A Asia Pulp & Paper, da Indonésia, não se manifestou.

A RGE está competindo pelo negócio porque está planejando uma grande expansão global com potencialmente bilhões para investir em aquisições, disseram duas das fontes.

O grupo, de propriedade do bilionário indonésio Sukanto Tanoto, venceu disputa por ativos da APP em 2023 e ficou com uma participação de 52% na fabricante de lenços de papel e fraldas listada em Hong Kong, Vinda 3331.HK, por US$3,4 bilhões.

A Suzano, que tem manifestado repetido interesse em expandir sua participação no mercado de papel tissue em meio a perspectivas de demanda crescente ao longo dos próximos anos diante do envelhecimento e melhoria de hábitos de higiene e consumo da população, foi uma das empresas que participaram do processo de venda dos ativos da Vinda.

Em 2022, a Suzano anunciou um acordo para comprar as operações de papel tissue da Kimberly-Clark no Brasil por um valor não revelado.

No ano passado, a Suzano iniciou negociações para comprar a ativos da International Paper IP.N, mas não conseguiu chegar a um acordo com a empresa norte-americana, em um negócio estimado em cerca de US$15 bilhões.

((Edição Redação São Paulo, 55 11 56447753))

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