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Vance alerta Rússia sobre possíveis sanções caso recuse acordo de paz com Ucrânia

Reuters14 de fev de 2025 às 14:10

- O vice-presidente dos EUA, JD Vance, alertou a Rússia que Washington poderá aplicar mais sanções a Moscovo se o país não concordasse com um bom acordo de paz com a Ucrânia, ao mesmo tempo que pediu que a Europa gastasse mais em defesa ao chegar à Conferência de Segurança de Munique.

A Ucrânia e as perspectivas de negociações de paz preocuparam muitos no encontro global de alto nível depois de Donald Trump ter surpreendido os aliados dos EUA ao ligar para o presidente russo, Vladimir Putin, e anunciar o início das negociações para acabar com a guerra na Ucrânia.

"Vamos falar, é claro, sobre o conflito Ucrânia-Rússia e como chegar a uma solução negociada", disse Vance aos repórteres antes do início da conferência.

Vance, que deve se deve encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, mais tarde nesta sexta-feira, disse que os EUA podem aplicar mais sanções a Moscovo e até mesmo tomar medidas militares não especificadas se Putin recusar um acordo de paz com a Ucrânia que garanta a independência de Kiev a longo prazo.

"Existem ferramentas económicas de alavancagem e é claro que existem ferramentas militares de alavancagem" que os EUA poderiam usar contra Putin, disse Vance numa entrevista ao Wall Street Journal.

"Há inúmeras formulações, configurações, mas importamos-nos com a independência soberana da Ucrânia".

O telefonema de Trump com Putin alimentou temores entre governos europeus de que poderiam ser excluídos de um acordo para terminar a guerra, o que poderia acabar por ser muito favorável à Rússia e prejudicar a sua própria segurança.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, reiterou essas preocupações, esta sexta-feira.

"Uma falsa paz - sobre as cabeças de ucranianos e europeus - não ganharia nada", disse ela. "Uma falsa paz não traria segurança duradoura, nem para o povo da Ucrânia, nem para nós na Europa ou nos Estados Unidos".

A Rússia agora detém cerca de 20% da Ucrânia quase três anos após lançar uma invasão em larga escala, dizendo que a busca de Kiev pela adesão à NATO representava uma ameaça existencial. A Ucrânia e o Ocidente chamam a acção da Rússia de apropriação de terras imperialista.

Sentado ao lado de Vance antes de os dois terem conversado, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, disse que iriam discutir a forma de "colocar a Ucrânia numa posição de força máxima quando as conversações começarem".

"A paz deve ser duradoura e Putin não pode voltar a tentar", afirmou Rutte.

Texto integral em inglês: nL1N3P50A5

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