Por Sergio Goncalves
LISBOA, 7 Jan (Reuters) - O Novo Banco demitiu o seu director de risco (chief risk officer), comunicou os receios sobre a sua conduta ao regulador bancário português e apresentou queixa ao Ministério Público, que abriu um inquérito.
"As operações em causa não estão relacionadas nem envolvem, de forma alguma, o Banco", declarou o banco, esta terça-feira, sem revelar pormenores sobre as operações em questão.
A demissão de Carlos Jorge Ferreira Brandão foi efectuada na sequência de um inquérito interno.
Brandão era também membro da comissão executiva do banco, que pretende lançar uma oferta pública inicial (IPO) em 2025.
O assunto "não têm qualquer impacto nos clientes, em contas ou operações de clientes, na posição financeira ou na actividade do Banco, nas suas operações comerciais, no sistema de gestão de riscos nem nos seus colaboradores", afirmou o banco.
O Novo Banco foi criado em 2014 a partir do que restava do BES, após um resgate público de vários milhares de milhões de euros.
O banco, detido a 75% pelo fundo norte-americano Lone Star desde 2017, disse, no mês passado, que estava pronto para analisar oportunidades de se tornar cotado em bolsa.
Fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters, em Setembro, que a Lone Star estava a analisar uma venda, bem como uma IPO.
Brandão entrou para o Novo Banco em Julho de 2017 e é membro do conselho executivo de administração e director de risco desde Setembro de 2022.
Interinamente, o papel de director de risco será assumido pelo CEO Mark Bourke, disse o banco.
Texto integral em inglês: nL8N3O312I
(Reportagem de Sérgio Gonçalves; Tradução para português por Tiago Brandão, Gdansk Newsroom)
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