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China apresenta profundas condolências pela morte de Jimmy Carter

Reuters30 de dez de 2024 às 10:44

- A China apresentou, esta segunda-feira, profundas condolências pela morte de Jimmy Carter, afirmando que o ex-presidente dos Estados Unidos foi a "força motriz" por detrás do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países há mais de 40 anos.

Carter morreu na sua casa em Plains, na Geórgia, no domingo, aos 100 anos de idade. Durante o seu mandato de 1977-1981, o governo dos Estados Unidos estabeleceu relações formais com a China, com base no trabalho efectuado pelo antigo Presidente Richard Nixon e pelo Secretário de Estado Henry Kissinger no início da década de 1970.

"A China expressa as suas profundas condolências pelo falecimento do antigo Presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter", declarou Mao Ning, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.

"O antigo Presidente Carter foi a força motriz por detrás do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e os Estados Unidos e deu importantes contributos para o desenvolvimento das relações entre a China e os Estados Unidos e para os intercâmbios amistosos e a cooperação entre os dois países", afirmou Mao, numa conferência de imprensa regular.

A decisão da administração Carter de reconhecer, em 1979, a posição de Pequim segundo a qual existe apenas uma China e Taiwan faz parte da China, e de cortar os laços formais com Taiwan, ajudou a traçar um novo rumo para as relações.

"A sua contribuição histórica para a normalização e o desenvolvimento das relações entre a China e os Estados Unidos será sempre recordada pelo povo chinês", escreveu Xie Feng, embaixador chinês nos Estados Unidos, numa publicação no X.

No mesmo ano de 1979, o governo norte-americano, ao mesmo tempo que aderiu à sua política de "uma só China", também aprovou a Lei das Relações com Taiwan, que estabelece uma base legal para fornecer à ilha os meios para se defender.

Pequim reivindica Taiwan como parte do seu território e nunca renunciou ao uso da força para colocar a ilha sob o seu controlo.

As vendas de armas dos Estados Unidos a Taiwan, permitidas pela Lei das Relações com Taiwan, continuam a ser um ponto de fricção nas relações sino-americanas até hoje, com Pequim a instar regularmente Washington a aderir ao seu princípio de "uma só China" e a impor sanções aos fornecedores militares e aos executivos das empresas norte-americanas.

Outros pactos assinados durante o mandato de Carter incluíram o Acordo de Ciência e Tecnologia Estados Unidos-China (STA) em 1979, acordo de cooperação científica que, segundo alguns críticos, beneficiou de forma desproporcional o principal rival geopolítico de Washington ao longo de décadas.

O pacto foi renovado este mês, semanas antes da tomada de posse a 20 de Janeiro do Presidente eleito Donald Trump. O Departamento de Estado disse que o novo acordo é significativamente mais restrito do que versões anteriores e não cobre tecnologias críticas ou emergentes.

Texto integral em inglês: nL1N3NV041

(Reportagem de Joe Cash e Ryan Woo; Tradução para português por Tiago Brandão, Gdansk Newsroom)

((gdansk.newsroom@thomsonreuters.com ; +48 58 769 66 00))

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