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“2024 lembra muito as recessões de 1970 e 2001”, alerta Piper Sandler; entenda

Investing.com17 de ago de 2024 às 12:18

Investing.com – De acordo com uma análise recente do Piper Sandler, o cenário econômico de 2024 apresenta semelhanças marcantes com as recessões de 1970 e 2001, mas com diferenças críticas que podem resultar em uma desaceleração ainda mais profunda.

Os analistas do banco encontram paralelos entre o cenário atual e recessões passadas, destacando um "grande aumento da inflação, ciclos intensos de aperto monetário e bolhas" no setor de tecnologia e bens de consumo.

No entanto, observam que a situação dos consumidores atualmente é muito mais precária do que nesses períodos anteriores, descrevendo a atual bolha de consumo como "significativamente maior" que as anteriores.

Essa análise levou o Piper Sandler a projetar uma contração de cerca de 1% no Produto Interno Bruto (PIB).

A firma de investimentos salienta que uma diferença crucial nesta ocasião é a condição dos gastos dos consumidores.

Eles explicam que, nas recessões de 1970 e 2001, os gastos dos consumidores se mantiveram robustos, ajudando a prevenir uma queda drástica no PIB. Contudo, o Piper Sandler aponta que os desafios enfrentados pelos consumidores atuais são mais intensos, marcados por "crescimento lento da renda real, baixa taxa de poupança e aumento do desemprego".

A explosão da bolha de bens de consumo domésticos também representa uma preocupação significativa, segundo a firma.

O banco descreve essa bolha como "quatro vezes maior que a bolha tecnológica do bug do milênio (Y2K)", o que representa um risco considerável tanto para as vendas quanto para os preços, à medida que essa bolha se desfaz.

Dessa forma, o Piper adverte que a combinação de uma base de consumidores enfraquecida e o estouro da bolha de produtos voltados ao consumo doméstico poderia precipitar uma desaceleração econômica mais severa do que as vistas em recessões anteriores.

Aviso legal: as informações fornecidas neste site são apenas para fins educacionais e informativos e não devem ser consideradas consultoria financeira ou de investimento.

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