
O diretor financeiro da Rivian afirma que a empresa não utilizará o empréstimo de US$ 6,6 bilhões do governo americano até que sua nova fábrica na Geórgia esteja construída e pronta para iniciar a produção, o que está previsto para 2028.
A declaração partiu da diretora financeira Claire McDonough, que falou com repórteres em Detroit. Ela disse que a construção da fábrica na Geórgia deve começar no próximo ano.
Claire explicou que a Rivian planeja solicitar o reembolso por meio do empréstimo do Departamento de Energia após a conclusão da fábrica, mas antes do início da produção. "O empréstimo seria utilizado antes do início da produção, em 2028", disse ela.
O empréstimo foi finalizado em janeiro, durante os últimos dias do governo dodent Joe Biden. Esse momento é importante porque o ex-dent Donald Trump criticou o financiamento federal de projetos de energia limpa como este.
Entretanto, o secretário de Energia, Chris Wright, afirmou em maio que sua agência não planeja dar prosseguimento a vários empréstimos aprovados durante o governo Biden.
A redução de capital prevista para a Rivian em 2028 coincidirá diretamente com mais um ano de eleiçãodentnos EUA, colocando o risco político bem no centro deste plano de financiamento. Sem drama, certo? Claro.
A empresa, sediada em Irvine, Califórnia, planeja iniciar a construção da fábrica na Geórgia no próximo ano. A fábrica destina-se à produção dos próximos modelos da empresa, incluindo o R2 e, futuramente, um outro modelo chamado R3.
O R2 será produzido inicialmente na fábrica da Rivian em Normal, Illinois, a partir de 2026. A Rivian solicitou esse empréstimo federal no ano passado, logo após suspender o plano inicial de construção na Geórgia devido a pressões de custos.
Sim, a redução de custos levou à pausa. Agora o plano está de volta aos trac, só que mais devagar.
Claire também reafirmou a meta da Rivian de atingir o lucro operacional até 2028, mas somente se a fábrica de Normal atingir a capacidade máxima anual de 200.000 veículos. Esse é o limite interno de desempenho.
Claire disse: "Aumentar a capacidade da fábrica de Normal para 200.000 unidades nos levaria ao EBITDA", referindo-se aos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. No momento, a Rivian está longe disso.
Em agosto, a empresa projetou um prejuízo de EBITDA ajustado de até US$ 2,25 bilhões para o ano. Portanto, sim, eles estão planejando a longo prazo, porque o curto prazo não é nada animador.
A conversa desta semana ganhou um novo capítulo. O CEO RJ Scaringe confirmou que os engenheiros da Rivian desmontaram recentemente o Xiaomi SU7 chinês, o sedã elétrico que vem agitando o mercado por causa do seu preço.
O preço inicial é de 215.900 yuans, cerca de US$ 30.000. No ano passado, até o CEO da Ford, Jim Farley, disse que importou um SU7 para dirigi-lo pessoalmente. Isso chamou a atenção.
Scaringe afirmou que o SU7 é "uma plataforma tecnológica muito bem executada, altamente integrada verticalmente" e "muito bem feita". Ele chegou a dizer que, se morasse na China, seria um dos carros que consideraria comprar.
Mas, após a desmontagem, a Rivian não descobriu nenhum truque que explicasse o preço baixo. "Não aprendemos nada com a desmontagem" que explicasse como a Xiaomi consegue manter os custos baixos, disse Scaringe.
Segundo ele, a resposta é simples: o sistema de apoio governamental da China. Ele afirmou que, na China, “o custo de capital é zero ou negativo, o que significa que eles são pagos para construir fábricas”. Esse é um ambiente financeiro que os EUA não possuem e não podem copiar.
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