Wall Street está olhando para 2025 como se fosse um péssimo encontro às cegas – imprevisível, estranho e provavelmente prestes a ir para o lado. Os analistas estão coçando a cabeça, admitindo que não têm a menor ideia do rumo que os mercados estão tomando.
Os últimos anos têm sido um carnaval ininterrupto de surpresas e ninguém tem coragem de fingir que sabe o que vem a seguir. Bem, exceto Jimmy Cramer.
Por esta altura, no ano passado, quem poderia imaginar que o S&P 500 explodiria quase 30%? Ou que a inflação, que atingiu como um trem de carga em 2021, seria notícia de ontem?
Agora, com as acções globais a fazerem uma pausa e o índice de referência da Europa a terminar uma sequência de oito dias, todos os olhos estão voltados para a queda dos dados de inflação dos EUA amanhã. O mercado está desesperado por qualquer pista sobre o que a Reserva Federal poderá fazer com as taxas de juro. Alerta de spoiler: ninguém sabe.
A China está a tentar salvar o dia – ou pelo menos a sua própria economia. Os economistas esperam que Pequim reduza as taxas de juro de forma mais profunda do que desde 2015. O governo chinês prometeu apoiar o crescimento, mas a recuperação inicial que causou já ficou sem gás. Os investidores estão nervosos e isso está evidente.
Os grandes cérebros de Wall Street no Deutsche Bank ainda estão coçando a cabeça sobre os últimos anos. O caos pandêmico destruiu as previsões para 2020. Ninguém previu o monstro da inflação de 2021 chegando. Aumentos de taxas em 2022? Bola curva total.
E nem vamos começar a falar de como a economia dos EUA conseguiu exercitar os seus músculos até 2023. Agora, 2025 está ao virar da esquina e o único consenso é que não existe.
A Reserva Federal, por seu lado, está envolvida num debate sobre tarifas. Javier Bianchi, do Fed de Minneapolis, tem uma opinião selvagem: deixar a inflação aumentar para neutralizar os efeitos dos direitos de importação. Ele diz que estimular a economia poderia aumentar a renda e manter as pessoas gastando. Claro, por que não jogar outra chave inglesa na máquina?
A jornada selvagem da Crypto continua. Bitcoin ainda está em forte correção, atualmente em torno de US$ 92.680. Todo o mercado tem se aquecido com o brilho da vitória eleitoral de Trump e dos ETFs Bitcoin à vista.
O ETF IBIT da BlacRock, lançado no ano passado, já atingiu 52 mil milhões de dólares em ativos – mais de 50 ETFs europeus combinados. A negociação diária de opções por US$IBIT está em média US$1,7 bilhão. Foi um ano excelente para criptomoedas.
O mesmo não pode ser dito com certeza sobre os mercados tradicionais. Apenas 17% das ações do S&P 500 superaram o índice este mês. Deixe que isso fique claro. Essa é a pior amplitude de mercado desde pelo menos 1986. Mais de 400 ações do S&P 500 tiveram desempenho pior do que o índice em dezembro.
Oito dos 11 setores despencaram mais de 5%. O S&P 500 com ponderação igual caiu 6,6% em comparação com a queda de 2,1% do índice. A manifestação está morta e ninguém está fingindo o contrário.
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