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UE deve proteger indústria automobilística de rivais chineses, diz comissário da Indústria do bloco

Reuters7 de nov de 2025 às 11:59

- A União Europeia precisa defender sua indústria automobilística da concorrência chinesa, incluindo uma reavaliação de sua meta de emissão zero para carros novos e vans em 2035, disse o chefe da indústria do bloco em uma entrevista publicada nesta sexta-feira.

Stephane Sejourne disse que a UE também deve procurar diversificar suas exportações e estabelecer novas regras para proteger a produção na Europa.

"Temos que ser menos ingênuos e voltar aos padrões de todas as principais economias do mundo. Somos o único continente que carece de pensamento estratégico sobre a política industrial", disse o ex-ministro das Relações Exteriores da França ao jornal italiano La Stampa.

Ele advertiu que "se não intervirmos, em dez anos os carros produzidos e vendidos na Europa cairão de 13 (milhões) para nove milhões".

"Devemos mostrar flexibilidade em relação à meta de proibição total de carros a combustão interna até 2035", disse ele.

Espera-se que a UE reveja a meta até o final do ano, em resposta aos apelos das montadoras de que uma mudança total para veículos elétricos não é mais viável.

Sejourne disse que as montadoras europeias deveriam buscar novos mercados para suas vendas, e que as empresas deveriam enfrentar menos burocracia.

No início desta semana, ele disse que a Comissão Europeia pretendia anunciar a criação de uma nova categoria de carros elétricos pequenos e acessíveis para combater a concorrência chinesa e reavivar o mercado interno, como parte de uma estratégia mais ampla a ser delineada em 10 de dezembro.

O comissário do setor também sugeriu medidas contra os locais de produção chineses na Europa.

"Atualmente, há fabricantes que montam carros chineses na Europa com componentes chineses e pessoal chinês: isso está acontecendo na Espanha e na Hungria. Isso não é aceitável", disse Sejourne.

Perguntado se a Europa deveria adotar medidas protecionistas, Sejourne disse que "é necessário introduzir condições para o investimento estrangeiro na Europa", acrescentando que tarifas comerciais, no entanto, criariam tensões e prejudicariam a produção.

Ele também disse que, para reduzir a dependência da China em relação aos minerais de terras raras, a Europa deveria considerar novos fornecedores -- como Brasil, Canadá e países da África --, introduzir restrições ao seu uso, reciclar mais e investir em potenciais locais de extração.

(Reportagem de Giulia Segreti)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS ES

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