
MOSCOU, 5 Nov (Reuters) - O porto russo de Tuapse, no Mar Negro, suspendeu as exportações de combustível, enquanto a refinaria de petróleo local interrompeu o processamento de petróleo bruto após os ataques de drones ucranianos à sua infraestrutura em 2 de novembro, de acordo com duas fontes do setor e dados de rastreamento de navios da LSEG.
A Ucrânia afirmou no domingo que seus drones atacaram (link) Tuapse, um dos principais portos petrolíferos russos no Mar Negro, causando um incêndio e danificando pelo menos um navio, como parte dos esforços de Kiev para minar a economia de guerra da Rússia, visando sua infraestrutura energética.
A administração regional confirmou que o ataque provocou um incêndio (link) no porto.
Há vários meses que a Ucrânia ataca refinarias, depósitos e oleodutos russos, enquanto a infraestrutura energética ucraniana também tem sido alvo de ataques russos em meio à guerra (link) que está se aproximando do seu quarto ano.
As fontes disseram que a refinaria controlada pela Rosneft, que exporta a maior parte de sua produção, interrompeu o processamento no dia seguinte devido aos danos na infraestrutura portuária.
A Rosneft ROSN.MM e a agência portuária russa não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Antes do ataque, esperava-se que Tuapse impulsionasse as exportações de produtos petrolíferos (link) em novembro.
Segundo dados da LSEG, três navios-tanque estavam atracados no porto durante o ataque para carregamento de nafta, diesel e óleo combustível.
Os dados indicavam que, até quarta-feira, todas as embarcações haviam sido retiradas dos cais e ancoradas perto do porto.
A planta de Tuapse, voltada para a exportação e com capacidade de processamento de 240.000 barris de petróleo por dia, produz nafta, óleo combustível, gasóleo a vácuo e diesel com alto teor de enxofre.
A refinaria, que também já havia sido alvo de drones diversas vezes, abastece principalmente China, Malásia, Cingapura e Turquia.