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Soja cai por falta de demanda chinesa, trigo atinge mínimas do contrato

Reuters22 de set de 2025 às 20:41

Por Heather Schlitz

- A soja de Chicago caiu para o nível mais baixo em seis semanas nesta segunda-feira, já que uma ligação telefônica na semana passada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, não deu sinais de progresso nas negociações sobre as exportações agrícolas, segundo analistas.

O trigo caiu devido às expectativas de abundância de oferta global. O milho também caiu, já que os comerciantes aguardavam o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA sobre o progresso da colheita nos EUA, previsto para o final do dia, e devido ao aumento da concorrência dos produtores argentinos.

O contrato de soja mais ativo da bolsa de Chicago Sv1 caiu 14,5 centavos, a US$10,11 por bushel.

O trigo Wv1 caiu 11,75 centavos, a US$5,1075 por bushel, e o milho Cv1 caiu 2,25 centavos, a US$4,2175 por bushel.

A soja subiu na semana passada com a esperança de que o telefonema entre Trump e Xi pudesse ajudar a reiniciar o comércio de soja entre os dois países, mas a ligação não trouxe nenhuma novidade sobre o comércio entre os EUA e a China de commodities agrícolas.

"Todos nós estamos reduzindo nossas expectativas de exportação para a China", disse Dan Basse, presidente da AgResource.

A China, maior importador de soja do mundo, parou de comprar soja dos EUA e, em vez disso, está se voltando para os suprimentos da América do Sul.

"Se não tivermos a China nesse espaço de demanda, teremos uma janela muito estreita antes que os brasileiros exportem seu suprimento em janeiro", disse Basse.

A notícia de que a Argentina removerá os impostos de exportação sobre todos os grãos até 31 de outubro pressionou os futuros do milho e da soja em Chicago, já que a medida aumentará a competitividade das exportações argentinas de milho e soja.

A colheita do milho nos EUA está em seus estágios iniciais, e os negociantes estão monitorando os primeiros relatórios de produtividade para avaliar o impacto das doenças nas lavouras e da seca do final do verão, que podem levar o USDA a reduzir suas estimativas de produção no próximo mês.

O trigo também está sendo pressionado pela melhoria das perspectivas de colheita na Austrália e no mundo todo.

(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago. Reportagem adicional de Michael Hogan, em Hamburgo, e Naveen Thukral, em Cingapura)

((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN

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