LONDRES, 15 Ago (Reuters) - Os preços do petróleo caíram, esta sexta-feira, com os intervenientes a aguardarem as conversações entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, que alguns esperam que possa levar a um abrandamento das sanções impostas a Moscovo devido à guerra na Ucrânia.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 caíam 0,50 dólares, ou 0,8%, para os 66,34 dólares por barril às 0923 TMG. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate CLc1 caíam 0,57 dólares, ou 0.9%, para os 63,39 dólares.
Na reunião desta sexta-feira entre Trump e Putin no Alasca, um cessar-fogo na Ucrânia está no topo da agenda. Trump disse que acredita que a Rússia está preparada para acabar com a guerra na Ucrânia. No entanto, também ameaça impor sanções secundárias aos países que compram o petróleo de Moscovo se as negociações de paz não avançarem.
Para esta semana, o WTI deverá cair 0,7%, enquanto que o Brent deverá subir 0,4%.
Esta sexta-feira, foram também divulgados dados económicos mais fracos da China, o que suscitou receios quanto à procura de combustível.
Os dados do governo chinês mostraram que o crescimento da produção fabril caiu para um mínimo de oito meses e o crescimento das vendas a retalho expandiu-se ao seu ritmo mais lento desde Dezembro, o que pesou sobre o sentimento, apesar de uma mais forte produção de petróleo no segundo maior utilizador mundial de crude.
A produção nas refinarias chinesas aumentou 8,9% em termos homólogos em Julho, no entanto, foi inferior aos níveis de Junho, que foram os mais elevados desde Setembro de 2023. Apesar do aumento, as exportações de produtos petrolíferos da China no mês passado também aumentaram face ao ano anterior, o que sugere uma menor procura interna de combustível.
As previsões de um excedente crescente do mercado de petróleo também pesaram sobre o sentimento, assim como a perspectiva de taxas de juro mais altas por mais tempo nos Estados Unidos.
Os analistas do Bank of America disseram, numa nota na quinta-feira, que estavam a alargar a sua previsão para o excedente do mercado do petróleo, ao referirem o aumento da oferta da OPEP+, grupo composto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e outros aliados.
Os analistas projectam agora um excedente médio de 890.000 barris por dia de Julho de 2025 a Junho de 2026.
Esta previsão vem na sequência das previsões feitas no início desta semana pela Agência Internacional de Energia, segundo as quais o mercado petrolífero parece "inchado" após os aumentos da OPEP+.
Texto integral em inglês: nL1N3U705S